Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Piadinha, nem de presidente”, afirma ministra Cida Gonçalves sobre declarações de Lula

    Recentemente, presidente falou que considera “inacreditável” o aumento da violência contra mulher após jogos de futebol, mas que “se o cara for corintiano, tudo bem”

    Débora BergamascoLeonardo Ribbeiroda CNN , Brasília

    A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou, nesta sexta-feira (2), que é preciso mudança de comportamento e cultura para diminuir a violência doméstica.

    “Piadinha, nem de presidente”, disse durante um café da manhã com jornalistas. A afirmação foi feita em referência a declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    No mês passado, em uma reunião no Palácio do Planalto, Lula falou que considera “inacreditável” o aumento da violência contra mulher após jogos de futebol, mas que “se o cara for corintiano, tudo bem”.

    Em junho, o presidente relatou que durante um evento de entrega de um conjunto habitacional disse a uma mulher de 25 anos, mãe de três filhos, que ela deveria parar de ter crianças.

    Cida Gonçalves contou que pretende conversar com Lula sobre as declarações. E que a primeira-dama, Janja, já teria chamado atenção do presidente a respeito do assunto.

    “Muita gente decide fazer uma piadinha porque acha que melhora as coisas. Não dá para aceitar piadinha de nada, nem de ninguém”, explicou a ministra.

    Diálogo com clubes de futebol

    Na conversa com jornalistas, Cida Gonçalves relatou ainda que a pasta tem buscado estabelecer diálogo com times de futebol para dar visibilidade a uma mobilização nacional que busca zerar o feminicídio no Brasil.

    Segundo ela, Flamengo e Corinthians já foram procurados. Nos próximos dias, estão previstas conversas com representantes do Vasco e do Botafogo. A ideia é aproveitar o campeonato brasileiro para dar visibilidade à causa, com braçadeira na cor lilás, faixas e iluminação nos estádios de futebol.

    Cida Gonçalves também disse que tem procurado mulheres evangélicas para participarem da mobilização. O primeiro contato foi feito com pastoras do campo progressista. Mas até o fim do ano ela quer dialogar também com pastores, bispos conservadores.

    Afirmou querer contato com a Igreja Universal, Assembleia de Deus, entre outras. A ministra argumentou que precisa entender a linguagem para dialogar com esse público.

    Qual é o local de votação? Saiba como checar onde você irá votar

    Tópicos