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    Plano golpista: Gilmar cita integridade das Forças Armadas e diz ser “constrangedor” envolvimento de militares

    Em Lisboa, ministro do STF também falou sobre a discussão em torno da possibilidade de militares terem cargos públicos

    Américo MartinsRenata Souzada CNN , Londres e São Paulo

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou a integridade das Forças Armadas ao não aderir ao plano de golpe investigado pela Polícia Federal (PF), mas classificou como “constrangedor” o envolvimento de militares de alta patente na trama.

    “As Forças Armadas se mantiveram íntegras, pelo que se percebe no relatório. Dos três comandantes, apenas o da Marinha apoiou este tipo de situação, embora seja constrangedor e haja militares de alta patente envolvidos neste processo”, afirmou.

    O magistrado ainda falou sobre a questão da atuação de militares em cargos públicos. “Acho que seria um fortalecimento da institucionalidade definir que cargos e em que tempo militares podem ocupar funções administrativas”, disse.

    Segundo o relatório da PF sobre o caso, os então comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) rechaçaram participar do golpe de Estado em 2022 e o da Marinha, aderiu.

    As declarações de Gilmar foram dadas a jornalistas em Lisboa, nesta quinta-feira (28). O ministro participa do Fórum de Integração Brasil Europa, que também conta com a presença de outras autoridades brasileiras, como Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.

    Na última quinta-feira (21), a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

    Nessa terça-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, enviou o relatório final da polícia para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a retirada do sigilo da investigação. Agora, cabe a PGR definir se enviará denúncia.

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não descarta novos indiciamentos no inquérito.

    Sobre o andamento do inquérito, Gilmar afirmou que acredita ser “possível” que haja novos indiciamentos. “Por conta exatamente de haver pessoas presas e indiciadas que serão já agora ouvidas”, explicou.

    “Certamente virão novas informações. O que se diz é que esse relatório ficou um pouco atrasado em razão de informações últimas que foram colhidas, então é possível que ainda haja desdobramentos”, acrescentou.

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