PT evita ofensiva coordenada nas redes durante julgamento de Bolsonaro
Partido descarta pressão sobre o judiciário e foca em transmissão pela TVPT. Enquanto isso, PL planeja hashtags e mobilização digital para o julgamento. A apuração é de Pedro Venceslau no CNN Novo Dia
O Partido dos Trabalhadores (PT) adotou uma estratégia cautelosa em relação ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o partido tenha credenciado a TVPT para realizar uma transmissão com análises, comentários de juristas, parlamentares e jornalistas ligados à legenda, não haverá uma ofensiva coordenada nas redes sociais. A apuração é de Pedro Venceslau no CNN Novo Dia.
Edinho Silva, presidente do PT, afirmou que "não é o caso de fazer pressão política no Judiciário". Ele próprio não participará como comentarista da transmissão, optando por acompanhar o julgamento pela internet, sem alterar sua agenda em função do evento.
Rogério Correia, vice-líder do governo, indicou que haverá uma mobilização mais espontânea, que naturalmente deve envolver a base progressista. Ele mesmo planeja fazer publicações e comentários nas redes sociais X e Instagram, mas sem uma estratégia unificada do partido.
Por outro lado, o PL, embora também não vá realizar uma ofensiva coordenada institucionalmente, deve tentar emplacar hashtags específicas. A estratégia, que deve ser conduzida por Carlos Bolsonaro, visa manter o capital político de Jair Bolsonaro com foco em 2026.
O cenário político se estende para além do julgamento, com ambos os partidos já se preparando para as manifestações do 7 de setembro. Edinho Silva revelou que o foco principal do PT no momento é a mobilização para esta data, enquanto os apoiadores de Bolsonaro pretendem usar o momento do julgamento para fortalecer sua base visando o mesmo evento.


