QG de Bolsonaro diz que propaganda sobre ‘mentiras de Lula’ foi bem recebida entre indecisos
No material, a campanha do presidente afirma que o petista não foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal
Pesquisas qualitativas feitas pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) indicaram que a peça publicitária levada ao horário eleitoral gratuito nesta quinta-feira (15), cujo mote foram “mentiras de Lula sobre sua inocência”, teve impacto, principalmente, entre os eleitores indecisos.
Como mostrou a âncora da CNN Daniela Lima, os dados que chegaram ao QG de Bolsonaro mostraram que o filme bateu recorde de interações. As qualitativas, segundo integrantes da campanha disseram à CNN, provaram que o tema da corrupção tem importante impacto entre os eleitores, em especial os indecisos.
O resultado mais comemorado pela campanha, no entanto, é o que vislumbra o cenário de segundo turno na corrida presidencial. Os eleitores que participaram das pesquisas indicaram, após assistirem à peça, que optariam por Bolsonaro na disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A recepção e o alcance da propaganda consolidaram dentro do QG de Bolsonaro a estratégia de concentrar os esforços para aumentar a rejeição do petista. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (15) mostrou que mais da metade do eleitorado (53%) não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum.
Os que dizem não votar em Lula são 38%.
Integrantes da campanha do presidente dizem que as pesquisas internas mostram que o tema da corrupção é o que tem mais potencial para aumentar a rejeição do petista. As medições também indicam que, mais do que os ataques ao próprio Lula, é preciso concentrar ataques no PT. A imagem do partido, revelam as pesquisas, é pior do que a do ex-presidente.
Na peça exibida nesta quinta, Bolsonaro não apareceu. O filme é conduzido por uma atriz negra, que promete dizer a “verdade sobre Lula”.
A propaganda usou o exemplo de um “bandido assaltando uma mulher” para explicar uma das anulações da condenação de Lula no STF, que decidiu que a vara de Curitiba não deveria ter julgado o caso do ex-presidente. “O processo mudou de lugar, mas a verdade, essa não muda”, diz a locutora.
O filme também mostra reportagens de arquivo da TV Globo e imagens das delações de Palocci e do empresário Marcelo Odebrecht. Na oportunidade, um narrador ainda destaca que, ao longo do processo, foram colhidas mais de 60 delações contra o petista.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.