“Queremos racionalidade, diálogo e discernimento”, diz Fachin no STF

Ao tomar posse, novo presidente reforça compromisso com valores da Corte e gestão equilibrada

Davi Vittorazzi e Gabriela Boechat, da CNN, em Brasília
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O ministro Edson Fachin disse que buscará a "racionalidade, diálogo e discernimento", durante seu discurso de posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (29).

"Com serenidade, empenharei-me na preservação dos valores que moldam a identidade do Supremo Tribunal Federal", disse. "Queremos racionalidade, diálogo e discernimento", ressaltou.

Fachin apontou que o STF é o guardião da Constituição, do Estado de Direito Democrático e que, ao assumir a presidência, não estará submetido a "privilégios".

O ministro também cumprimentou Alexandre de Moraes, empossado como vice-presidente. "Divido a presidência com Alexandre de Moraes, que chegou a este Tribunal com uma carreira consolidada como jurista e professor de Direito Constitucional", disse.

Fachin é conhecido pelo perfil técnico e discreto, e deve adotar uma gestão marcada pela institucionalidade e pelo espírito colegiado. A expectativa é de que evite os holofotes e siga uma linha semelhante à da ex-presidente Rosa Weber.

Ainda nesta semana, o novo presidente pauta temas de grande repercussão, como o julgamento sobre vínculo trabalhista entre motoristas e plataformas digitais.

A solenidade contou com a presença de autoridades dos Três Poderes, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

Fachin optou por uma posse discreta e dispensou a festa que entidades da magistratura tradicionalmente oferecem em homenagem ao novo presidente do STF.