Datafolha: Reprovação de Bolsonaro segue em 53%, maior nível desde o início do mandato

Pesquisa Datafolha ouviu presencialmente 3.666 pessoas em 191 cidades entre 13 e 16 dezembro; margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos

Raphael Coraccini, da CNN, Em São Paulo
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a registrar a pior avaliação desde o começo do seu mandato. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (17), o presidente segue com 53% de avaliações negativas.

A proporção de pessoas que avaliam como ruim ou péssima a gestão de Bolsonaro registrou uma estabilidade desde a última pesquisa, realizada em setembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Avaliação do governo Bolsonaro

  • Ruim/péssimo: 53%
  • Regular: 24%
  • Ótimo/bom: 22%
  • Não sabe: 1%

O melhor índice de popularidade de Bolsonaro foi em dezembro de 2020, quando sua avaliação foi de 37% de ótimo. Naquele momento, o presidente detinha 32% de ruim ou péssimo e 29% de regular. A partir de então, a rejeição escalou.

Aumento da rejeição a Bolsonaro

  • Dezembro de 2020: 32%
  • Janeiro de 2021: 40%
  • Março: 44%
  • Maio: 45%
  • Junho: 51%
  • Setembro: 53%
  • Dezembro: 53%

A pesquisa aponta ainda o nível de aprovação e rejeição do governo Bolsonaro por nichos, e a comunidade LGBTQIA+ é a que mais reprova o governo: 75%, seguida pelos estudantes, com 73%.

O presidente tem seu melhor índice de avaliação entre os empresários: 50% aprovam o governo. Os evangélicos vêm sem seguida e apresentaram 32% de aprovação.

Grupos que mais aprovam o governo Bolsonaro

  • 50% dos empresários
  • 32% dos evangélicos
  • 16% dos desempregados (procura emprego)
  • 13% dos quem tem de 16 a 24 anos

Os que mais reprovam 

  • 73% dos estudantes
  • 75% dos homossexuais e bissexuais
  • 48% dos quem ganha mais de 10 salários mínimos
  • 44% de quem é da região Sul

O nível de rejeição a Bolsonaro entre os presidentes eleitos desde a redemocratização só não é mais alto que o de Fernando Collor de Mello (PRN), que registrou 68% de reprovação no auge do desgaste da sua imagem, em setembro de 1992.

A pesquisa Datafolha foi realizada presencialmente entre os dias 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas com 16 anos ou mais em 191 cidades.