Republicanos propõe estudo para adoção do voto por celular ou computador
Presidente da legenda, Marcos Pereira, divulgou nota nesta terça-feira (5); intenção é propor uma alternativa diante da alta taxa de abstenção que marcou as últimas eleições
Em resposta à alta taxa de abstenção registrada nas eleições de 2024, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, divulgou nesta terça-feira (5) uma nota destacando que a legenda fará um estudo para avaliar a possibilidade de eleitores votarem por meios digitais — como celulares e computadores — a partir das eleições municipais de 2030.
O estudo não resulta em nenhuma decisão prática; no entanto, conforme disse Marcos Pereira por meio da nota, “a iniciativa pode abrir caminho para um debate mais amplo sobre as reformas eleitorais necessárias para acompanhar as transformações tecnológicas e sociais do país”.
“Em uma época em que a tecnologia está em alta e a população, especialmente os jovens, está cada vez mais familiarizada com o uso de dispositivos digitais, faz-se urgente repensar os meios de participação eleitoral”, afirmou o presidente do Republicanos.
Marcos Pereira — que também é deputado federal por São Paulo — determinou que órgãos internos do partido conduzam estudos para avaliar a possibilidade, além de avaliar a questão da obrigatoriedade — ou não — do voto.
O líder partidário justificou a avaliação das medidas após a abstenção no segundo turno da eleição de 2024 alcançar 29,26%.
“Precisamos avaliar como a digitalização pode facilitar o acesso ao voto e ampliar o envolvimento democrático nas próximas eleições”, declarou.
Na Câmara, o Republicanos é o quinto partido com mais deputados — 44, o mesmo número do PSD e do MDB. E Marcos Pereira também é o primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados — primeiro posto abaixo do presidente Arthur Lira (PP-AL) na Mesa Diretora.
Além disso, o Republicanos trabalha para emplacar Hugo Motta (Republicanos-SP) na presidência da Casa. Até o momento, Motta já conta com o apoio de 12 partidos que, juntos, somam 373 deputados.
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Urnas sem internet
Um dos pontos utilizados pela Justiça Eleitoral para defender a inviolabilidade e a integridade das urnas eletrônicas diante de críticos é o fato de eles não serem conectadas à internet.
As urnas têm um sistema próprio e não se conectam a nenhuma rede externa, seja com ou sem fio.
“Elas não ficam expostas ao ambiente digital, em que qualquer hacker poderia tentar repetidamente quebrar as suas diversas barreiras (de segurança do voto)”, segundo nota publicada no início do ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).