Rezende: Comandante do Exército abre precedente gravíssimo ao não punir Pazuello
No Liberdade de Opinião desta sexta-feira (4), o jornalista critica a decisão do general Paulo Sérgio Nogueira Oliveira e diz que ato pró-governo foi político
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (4), o jornalista Sidney Rezende analisa a a decisão do Exército brasileiro de não punir o general Eduardo Pazuello por participar de ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, em 23 de maio. De acordo com as normas vigentes, integrantes das Forças Armadas cometem ‘transgressão disciplinar’ ao participar de manifestações de cunho político-partidário.
Para Rezende, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do exército, abre um precedente gravíssimo para o futuro e vai entrar para a história por este ato que trouxe um grau complicador para o Exército em próximos casos.
“Se outro general, oficial, sargento, soldado ou cabo se pronunciar politicamente, não talvez em um palanque desta forma, mas em suas redes sociais, como vai ser? O Exército não vai puni-lo?”, questionou.
O jornalista comentou ainda o posicionamento de outros integrantes das Forças Armadas que não viram com bons olhos esta impunidade.
“Alguns militares da reserva chegaram a se expressar publicamente. Como é o caso do general Sérgio Etchegoyen, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional, cargo hoje assumido pelo general Augusto Heleno. O Heleno mesmo se posicionou antes do cargo acontecer, falando de disciplina. No fundo, eles falaram a mesma coisa, mas o Etchegoyen disse que é indefensável.”
O Liberdade de Opinião tem a participação de Sidney Rezende e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN. As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou de seus funcionários.