STF concede prisão domiciliar a suposto operador do QG da Propina

O ministro Gilmar Mendes concedeu prisão domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, ao empresário Rafael Alves, suposto operador de Crivella

Pauline Almeida,
Plenária do Supremo Tribunal Federal (STF)
Cerimônia de posse do presidente Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF)  • Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, ao empresário Rafael Alves, apontado como operador do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, no chamado QG da Propina. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (26).

Às 23h37 deste sábado (27), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) cumpriu a ordem de soltura e Rafael Alves deixou o presídio de Bangu. 

A defesa de Rafael Alves acionou o STF após o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, ter negado o pedido de liberdade do denunciado. O empresário estava na cadeia desde o dia 22 de dezembro de 2020, quando foi alvo de uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que também levou à prisão Marcelo Crivella. O ex-prefeito ganhou a liberdade no dia 12 desse mês de fevereiro, também por decisão de Gilmar Mendes.

“Entendo não estar demonstrada a imprescindibilidade da prisão preventiva na espécie, especialmente em face do término do mandato do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e a consequente ausência de possibilidade de ingerência da organização criminosa sobre o governo municipal”, apontou o ministro do STF na decisão.

Gilmar Mendes reconheceu que não se pode desconsiderar o suposto papel de liderança e centralidade que Rafael Alves exerce na organização criminosa descrita pelo MP. No entanto, também lembrou que o STF já vem beneficiando outros investigados no caso com a substituição da prisão em regime fechado.

A CNN Brasil tenta contato com a defesa de Alves e também com o Ministério Público do Rio de Janeiro para comentar a decisão.