Tebet promete recriar Ministério da Cultura e fortalecer Lei Rouanet se eleita
Durante visita a Santa Catarina, candidata à Presidência pelo MDB defendeu importância da área para a educação e a economia
A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) afirmou nesta terça-feira (23) que, caso eleita, irá recriar o Ministério da Cultura e fortalecer a Lei Rouanet. Segundo ela, a evolução do país depende de investimentos na área.
“Um povo sem passado, que não conhece sua história, não tem futuro”, disse, em entrevista na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC).
A senadora afirmou que um “povo” que não está educado e preparado fica sujeito a intempéries ou a governos que flertam com o autoritarismo “a cada quatro, cinco, oito, dez anos”.
Para fortalecer a Lei Rouanet, a emedebista defendeu existir “dinheiro”, citando o Fundo Nacional da Cultura. “Está aí para tirar do papel os projetos da cultura em todas as áreas”, disse.
Tebet destacou a importância da cultura, aliada ao turismo, para a economia, por gerar “emprego” e “renda”, além de “comida no prato do trabalhador porque tem condições de atrair turistas”.
Ao ser questionada sobre o que pretende fazer para melhorar o transporte rodoviário em Joinville, Tebet citou a iniciativa privada, colocando-a como “parceira” no seu plano de governo.
“A iniciativa privada tem que se somar conosco na construção de um novo país. Dinheiro público não é para asfalto, dinheiro público é para garantir emprego e renda através de educação de qualidade, uma saúde decente, habitação para quem precisa, políticas públicas”, respondeu.
A candidata afirmou ainda que terá condições, caso eleita, de implementar cerca de 23 projetos de construção de ferrovias. “Esses 23 projetos conseguem, nos próximos cinco ou seis anos, garantir 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil. Nós estamos falando de R$ 100 bilhões de investimento privado em todo o Brasil.”
Durante a entrevista, Tebet reforçou seu apoio à democracia, classificando-a como “base da sociedade brasileira” e defendendo não ser possível abrir mão dela.
“Democracia é liberdade, é qualquer cidadão poder se manifestar nos limites da Constituição, é o direito de uma imprensa livre cobrando e fiscalizando para onde está indo o dinheiro do povo. E, principalmente, é a democracia que permite que, a cada dois ou quatro anos, o cidadão eleitor vá às urnas e decida de forma livre aqueles que vão organizar a sua vida e conduzir o seu destino nos próximos anos”, disse.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
FOTOS — todas as mulheres que foram candidatas a presidente do Brasil
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Lívia Maria (PN), em 1989, foi a primeira candidata a presidente; ela ficou na 16ª colocação, com 0,26% dos votos válidos, no pleito que terminaria com vitória de Fernando Collor (PRN) no segundo turno • Reprodução
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Thereza Ruiz (PTN), em 1998, foi a segunda a concorrer. Ela obteve 0,25% dos votos válidos. Ela ficou na 10ª colocação em uma disputa de 12 candidatos - o vencedor foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB), reeleito no primeiro turno • Reprodução
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Em 2006, a então senadora Heloísa Helena (PSOL) foi a primeira mulher a romper a barreira de 1 milhão de votos - ela, na verdade, conseguiu o voto de 6.575.393 dos eleitores (6,85% dos votos válidos) e ficou em terceiro lugar na eleição que seria vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reeleito no segundo turno • JOEDSON ALVES/ESTADÃO CONTEÚDO
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As eleições de 2006 também marcaram a primeira chapa 100% feminina da história das eleições brasileiras. A cientista política Ana Maria Rangel, candidata a presidente, e a advogada Delma Gama, candidata a vice, formaram a chapa do PRP e receberam 0,13% dos votos válidos • Reprodução
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Em 2010, Dilma Rousseff (PT), candidata do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a primeira mulher presidente na história do Brasil. No segundo turno, a petista recebeu 58,99% dos votos válidos e venceu o pleito contra José Serra (PSDB), conquistando a reeleição quatro anos depois, dessa vez contra Aécio Neves (PSDB). Dilma acabou sofrendo impeachment em 2016
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Marina Silva, então senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, concorreu pela primeira vez em 2010, repetindo a dose em 2014 e 2018, sempre por partidos diferentes. Pelo PV, ela ficou em terceiro em 2010 (19.33% dos votos válidos), e terminou na mesma posição em 2014, agora pelo PSB, com 21,32%. Em 2018, pelo partido que ajudou formar, a Rede, ficou na oitava posição (1% dos votos válidos) • Victor Moriyama/Getty Images
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O pleito de 2014 também teve a participação feminina de Luciana Genro (PSOL) - a terceira presidenciável naquele ano. Luciana foi a quarta colocada no primeiro turno, atrás de Dilma, Aécio e Marina, com 1,55% dos votos válidos • JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Candidata a presidente em 2022, Vera Lúcia (PSTU) já havia tentando o mesmo cargo em 2018, na chapa "puro sangue" com Hertz Dias - a dupla ficou em 11º lugar entre 13 candidatos, com 0,05% dos votos válidos. Nas eleições de 2022, ela formará chapa 100% feminina com a indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão • Romerito Pontes/Divulgação
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A senadora Simone Tebet (MDB) foi confirmada candidata à Presidência e, dias depois, anunciou outra senadora, Mara Gabrilli (PSDB), como sua vice. É a primeira chapa 100% feminina da história de partidos que têm representação no Congresso • 25/05/2022REUTERS/Adriano Machado
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Sofia Manzano (PCB) foi a décima candidata à Presidência da história do Brasil. Ela concorrerá tendo como vice o jornalista Antonio Alves, também do PCB • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (MS) foi confirmada pelo União Brasil como a 11ª candidata à Presidência da história do Brasil; seu nome para vice é o economista Marcos Cintra, do mesmo partido • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO