Thiago Anastácio: Após relatório da CPI, ‘jogo sério’ começa com ação de PGR
No quadro Liberdade de Opinião, comentarista analisou possíveis próximos passos para aprofundar os crimes apontados pela CPI da Pandemia
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (21), o comentarista Thiago Anastácio falou sobre a apresentação do relatório da CPI da Pandemia, após mais de seis meses de depoimentos.
O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), leu um resumo do documento. O parecer final pede o indiciamento de 66 pessoas, entre ministros, ex-ministros e parlamentares, além de duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog. O ponto principal do documento foi o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por 10 crimes.
O comentarista avaliou com “preocupação” o texto de Renan. “Boa parte do direito ali é um mau direito. Há uma péssima interpretação sobre a norma penal e com o grande problema de sempre: a contaminação política e as tentativas acusatórias de deflagrar esse governo à sua bancarrota”, disse Anastácio.
“Não que não existam condutas ali acertadamente impostas, mas temos que ter muito cuidado, precisamos e vamos voltar os olhos à Procuradoria-Geral da República”, completou.
“A CPI nada mais é do que um inquérito policial. A investigação e o relatório foram feitos, indiciaram o presidente da República, mas não há vinculação de que a PGR nem o Poder Judiciário irão analisar sobre essas imputações postas. Aliás, sequer são imputações, na verdade, nada mais é do que o aviso formal de que existem indícios de que o presidente, todos esses políticos e empresários teriam cometido condutas proibidas pelo direito penal”, continuou o comentarista.
“[O relatório da CPI] nada mais é do que um ato político e agora sim vai começar o jogo sério. É o jogo da PGR analisando o caso, enviando ou não uma denúncia ao Poder Judiciário.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Gisele Soares. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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