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    Thiago Anastácio: Bolsonaro esquece que Constituição impõe soluções pacíficas

    No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (28), Thiago Anastácio opina sobre a posição de neutralidade perante o conflito entre Rússia e Ucrânia defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

    Fernanda PinottiFabrizio Neitzkeda CNN , em São Paulo

    No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (28), o comentarista Thiago Anastácio fala sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) em manter a neutralidade em relação ao confronto entre Rússia e Ucrânia. Em entrevista coletiva no domingo (27), Bolsonaro disse que não vai “tomar partido” e justificou sua posição dizendo que possíveis sanções econômicas poderiam afetar a economia brasileira.

    Anastácio cita as críticas feitas ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por conta de sua carreira como ator e comediante e ressalta que, “para Bolsonaro, um presidente pode surgir do nada, em meio a ladrões e mequetrefes, mas não pode surgir da arte.”

    O comentarista diz que Bolsonaro se esqueceu de que a Constituição brasileira impõe ao país a solução pacífica de conflitos. “Isso significa que temos uma imposição legal de resolver conflitos sem usar armas, mas sim os meios diplomáticos disponíveis, como as sanções internacionais”, ele explica.

    Anastácio fala, com pesar, que perdemos algo essencial: “o horror à guerra.” Para ele, estamos caindo nas mentiras dos “velhos e terríveis senhores da guerra, que sempre existiram e ficaram ainda mais mentirosos com a chegada das redes sociais.”

    Reunião da ONU

    O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou para esta segunda-feira (28) uma rara sessão especial de emergência da Assembleia-Geral com todos os 193 membros para discutir a invasão russa na Ucrânia. A votação do Conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia, atual presidente do grupo, não pudesse exercer seu poder de veto.

    Ao todo, 11 países – entre eles o Brasil – votaram a favor da realização da sessão. A Rússia votou contra, enquanto China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram.

    Novas sanções à Rússia

    A União Europeia decidiu impor mais sanções à Rússia neste final de semana. Entre as medidas, está o fechamento de todo o espaço aéreo do bloco continental para qualquer aeronave russa, o que significa que nenhum voo do país – incluindo trajetos particulares – poderá sobrevoar, decolar ou aterrissar em países da UE.

    Veículos de imprensa estatais da Rússia, como os jornais Russia Today e Sputnik, foram banidos, enquanto bancos do país acabaram excluídos do sistema global de mensagens, o Swift, usado para pagamentos entre países.

    Alemanha dobra investimento em forças armadas

    O chanceler alemão Olaf Scholz anunciou que vai investir mais 100 bilhões de euros, o dobro do que é gasto atualmente, para reequipar as forças armadas do país. A União Europeia também anunciou que pretende enviar e financiar armamento para que a Ucrânia possa se defender das forças russas.

    O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Boris Casoy. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

    As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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