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    TSE dá direito de resposta a Lula por acusações sobre a morte de Celso Daniel

    Ministra da Corte atendeu a pedido da campanha petista por fala da senadora Mara Gabrilli que relaciona o ex-presidente ao assassinato

    Rodrigo Vasconcelosda CNN

    A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri atendeu, neste domingo (17), a um pedido da campanha do candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, por direito de resposta sobre acusações quanto à morte do petista Celso Daniel.

    A ação foi feita por conta de uma fala da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), durante uma entrevista à Rádio Jovem Pan. Ela teria relacionado a morte do ex-prefeito de Santo André ao ex-presidente da República por suposto envolvimento no assassinato.

    Também foram acionados no pedido de direito de resposta o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a deputada Carla Zambelli (PL-SP), por terem compartilhado o trecho da entrevista com a acusação contra Lula, além da própria rádio Jovem Pan.

    Na visão da ministra, o conteúdo da entrevista já foi considerado pelo TSE como “desinformativo, além de violador da imagem do candidato da coligação requerente”.

    “Em relação ao primeiro ponto, como é de conhecimento público e notório, o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel se trata de caso encerrado perante o Poder Judiciário, com os responsáveis devidamente processados e julgados, estando cumprindo pena. Também é fato conhecido e amplamente divulgado que o Ministério Público de São Paulo encerrou definitivamente as apurações, não havendo notícia do envolvimento do Partido dos Trabalhadores ou de seus membros”, cita Bucchianeri em sua decisão.

    A ministra do TSE determinou que a filial da rádio em Bauru (SP) deve publicar e deixar disponível o vídeo de resposta do PT em seu canal do YouTube por quatro dias, e nas redes dos parlamentares que compartilharam a entrevista no Twitter por dois dias. A multa em caso de descumprimento da decisão é de R$ 50 mil.

    Em manifestação no processo, a defesa de Gabrilli argumenta que a fala da senadora se baseou em matérias jornalísticas, e considera o discurso como “crítico político”, sem necessidade de direito de resposta.

    Os advogados de Zambelli afirmam que a senadora compartilhou informações de cunho pessoal que, no entendimento dela, não foram devidamente investigados, além de que a deputada apenas compartilhou o vídeo. A defesa de Flávio Bolsonaro diz que não houve recortes ou descontextualização do post que ele reproduziu, dentro do “manto da liberdade de expressão”.

    Procurados pela CNN, a Rádio Jovem Pan, os senadores Mara Gabrilli e Flávio Bolsonaro e a deputada Carla Zambelli ainda não se manifestaram sobre a decisão.

    Debate

    CNN transmitirá o primeiro debate presidencial do segundo turno de 2022. O confronto entre os candidatos será realizado ao vivo em 16 de outubro, às 20h, pela TV. O debate será promovido pelo pool que inclui o Grupo Bandeirantes, UOL, Folha e TV Cultura.

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