TSE deve negar pedido do partido de Bolsonaro contra manifestação política no Lollapalooza
PL argumentou que manifestações como a da cantora Pabllo Vittar, que se embrulhou numa bandeira do ex-presidente Lula, ferem a legislação
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouvidos em caráter reservado pela CNN afirmam que deve ser negado o pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para impedir manifestações políticas por parte de artistas do Lollapalooza. A legenda quer que a organização do festival proiba “qualquer tipo de propaganda eleitoral irregular em favor ou desfavor de qualquer candidato.
Segundo o partido, houve crime de propaganda eleitoral antecipada durante dos shows de Pabllo Vitar e Marina, que declararam apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Lei Eleitoral, as campanhas começam oficialmente em 15 de agosto.
Para ministros do TSE, não se pode proibir artistas de manifestarem sua opinião política, porque isso poderia configurar ameaça à liberdade de expressão, garantida na Constituição Federal. Além disso, segundo a jurisprudência do tribunal, a punição só poderia acontecer se ficasse comprovado que Lula tinha conhecimento e que organizou as manifestações dos artistas.
O TSE julgou um caso semelhante em 2018, quando o cantor Roger Waters, vocalista da banda Pink Floyd, criticou Bolsonaro em shows realizados no Brasil. A candidatura de Bolsonaro processou Fernando Haddad (PT) e Manuela D’Ávila (PCdoB) por abuso do poder econômico.
Por unanimidade, o TSE rejeitou a ação. Para os ministros, Haddad e Manuela não poderiam ser responsabilizados pela fala do cantor. Na ocasião, os ministros ressaltaram que não ficou comprovado que os shows de Roger Waters tiveram qualquer impacto no resultado das eleições.
Lollapalooza 2022: Confira line-up para quem quer conhecer novos artistas
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Terno Rei
A banda paulistana chega a seu primeiro Lollapalooza com o recém-lançado álbum “Gêmeos” e após acumular meses figurando entre as playlists indies mais populares. Com letras melancólicas, guitarras reverberadas e baterias leves, a Terno Rei se apresenta no sábado, às 13h05, no palco Budweiser • Divulgação
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Lamparina
A banda mineira aumentou sua popularidade durante a pandemia principalmente por causa do hit "Não Me Entrego Pros Caretas". Com influências de diferentes regiões do Brasil, o grupo deve entregar um show dançante e animado às 12h15 do sábado, no palco Onix • Divulgação
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Jup do Bairro
A multiartista, já reconhecida por muitos pelas parcerias com a Linn da Quebrada, apresentará no Lollapalooza, às 14h45 do sábado no palco Adidas, seu EP de estreia “Corpo Sem Juízo”, que acumulou boas críticas ao ser lançado em 2020 • Divulgação
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Remi Wolf
Com traços de disco, soul, funk e R&B, e muitas vezes referenciada como parte do movimento do “hyper pop”, Remi Wolf vai pousar no Brasil pela primeira vez. A expectativa é de um show agitado para apresentar as canções de "Juno", seu álbum de estreia, às 16h55 de sábado, no palco Adidas • Divulgação
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Kehlani
Uma das representantes do R&B no line-up, a californiana Kehlani deve entregar um show de pop com base no seu último álbum, "It Was Good Until It Wasn't". Ela encerra um dos palcos no domingo, às 20h30, no palco Adidas • Divulgação
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Black Pumas
Uma das bandas impulsionadas pelo algoritmo do YouTube na pandemia, a Black Pumas vai apresentar seu hit “Colors” e seu soul psicodélico pela primeira vez em solo brasileiro às 17h do domingo, no palco Onix • Divulgação
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Caribou
O projeto do canadense de 44 anos, Daniel Snaith, passeia pelas camadas eletrônicas do dream pop. O álbum "Suddenly", rankeado entre os melhores de 2020, deve dominar o setlist da apresentação às 18h50 da sexta-feira, no palco Adidas • Divulgação