Valdemar diz ter divulgado relatório sobre urnas contra sua vontade

Presidente do PL foi testemunha de defesa do réu Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal (IVL)

Manoela Carlucci, Leticia Martins e Davi Vittorazzi, da CNN, São Paulo e Brasília
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto  • Beto Barata/PL
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O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto afirmou, nesta terça-feira (15), que divulgou informações questionando a lisura das urnas eletrônicas contra a sua vontade.

"Pressionado pelos deputados, que vazou essa informação que teria dúvida nas urnas, isso foi, inclusive, contra a minha vontade, mas como tinha uma pressão muito grande dos deputados para que a gente deixasse público aquilo e que recorresse ao TSE, foi feito esse movimento", disse Costa Neto em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Na época, o PL contratou um estudo, do IVL (Instituto Voto Legal), que falava sobre supostas falhas nas urnas, que justificariam a anulação de parte dos votos.

Por isso, o partido foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a pagar uma multa de mais de 20 milhões por litigância de má-fé.

“Levamos uma multa de R$ 23 milhões por causa deste questionamento, foi um prejuízo enorme para o partido”, afirmou o presidente da legenda.

Costa Neto depôs na condição de testemunha de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, dono do IVL e réu no inquérito que investiga o planejamento de um golpe de Estado em 2022.

O STF ouve, até a quinta-feira da semana que vem (23), as testemunhas da PGR (Procuradoria-Geral da República) e das defesas dos réus dos núcleos 2,3 e 4 da ação penal.