Valdemar manifesta apoio e diz que PL seguirá ao lado de Sóstenes e Jordy
PL manifestou solidariedade e apoio aos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) após parlamentares serem alvos de operação da PF

O PL (Partido Liberal) manifestou "solidariedade" e "apoio" aos deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ). Os políticos foram alvos da operação da PF (Polícia Federal) que investiga desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares e cumpriu mandados na manhã desta sexta-feira (19).
A nota foi assinada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e divulgada nas redes sociais. O partido também indicou que está acompanhando os desdobramentos da operação e seguirá ao lado dos deputados, confiante de que fatos "serão devidamente apurados, com respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência".
"O PL manifesta sua solidariedade e apoio aos parlamentares, destacando que o deputado Sóstenes Cavalcante prestou, de forma transparente, todos os esclarecimentos solicitados pela imprensa durante coletiva realizada há pouco no Salão Verde da Câmara, e da mesma forma o deputado Carlos Jordy, por meio de suas redes sociais", aponta a nota.
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) December 19, 2025
Operação Galho Fraco
A operação, nomeada de “Galho Fraco”, foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), responsável pelo inquérito na Corte.
Segundo a PF, as investigações indicam a existência de um esquema criminoso em que “agentes públicos e empresários teriam estabelecido um acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares”.
Ainda de acordo com a corporação, os investigados utilizaram uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços.
Policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão, expedidos por determinação do ministro Flávio Dino, STF (Supremo Tribunal Federal), no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Há um ano, a PF pediu para os parlamentares serem alvos da investigação, mas a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra. Dino seguiu o parecer da PGR. Com isso, os mandados miraram apenas nos assessores dos deputados.
Sóstenes diz que dinheiro apreendido são de imóvel
O líder do PL (Partido Liberal) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse a jornalistas nesta sexta-feira (19) que o valor de R$ 400 mil em dinheiro vivo encontrados em sua casa pela PF (Polícia Federal) é “recurso lícito” da venda de um imóvel.
"Sobre o dinheiro encontrado em minha residência, é recurso lícito de venda de imóvel de minha propriedade. Aparece lacrado, identificado. Quem quer viver de dinheiro de corrupção, bota em outro lugar", disse o deputado.
"É muito típico de quem teme se esconder. Eu não tenho nada a temer e, por isso, estou aqui, de cabeça erguida, para dar as explicações aos meus eleitores do Rio de Janeiro, ao povo brasileiro e, com certeza, nas instâncias judiciais, meus advogados e contadores darão as explicações todas necessárias para o esclarecimento desse caso”, afirmou.
“Quero dizer que essa investigação é mais uma investigação para perseguir quem é da oposição, quem é conservador, quem é de direita”, acrescentou o deputado em outro momento da coletiva.
Carlos Jordy fala em "perseguição implacável"
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) se manifestou sobre a operação da PF (Polícia Federal) da qual foi alvo na manhã desta sexta-feira (19). Investigado por desvio de cota parlamentar, o congressista disse estar sofrendo uma "perseguição implacável" e falou em uma suposta "ditadura" do Poder Judiciário.
"Hoje, no aniversário da minha filha, a PF fez busca e apreensão novamente na minha casa por determinação de Flávio Dino. Perseguição implacável!", disse em publicação no seu perfil no Instagram.
O deputado afirma que a principal alegação para a ação é a de que ele supostamente desviou recursos de cota parlamentar com uma empresa de fachada. A empresa em questão seria uma locadora de carros. De acordo com ele, vários deputados também utilizam os serviços dessa mesma empresa — incluindo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que também foi alvo da PF.
"A alegação deles é tosca, eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos dessa empresa, que aluga para vários outros deputados, dizendo que as outras empresas tem 20 veículos na sua frota e a Harue tem apenas cinco veículos", afirmou em vídeo divulgado na rede social. A empresa em questão é a Harue Locação de Veículos.


