Waack: Petrobras tem aquilo que políticos muito apreciam: diretoria que fura poço
E encerrou o curto período no qual a estatal, saindo dos escândalos da Lava Jato, estava relativamente protegida da política como ela sempre foi
A Petrobras tem aquilo que políticos muito apreciam: diretoria que fura poço.
Mexe com contratos, com a riqueza do petróleo.
Era o que mais queria uma folclórica figura da política brasileira, o já falecido deputado Severino Cavalcanti, que chegou a presidir a Câmara: uma diretoria que fura poço.
Severino não está mais entre nós. Mas o espírito do que ele representa continua mais forte do que nunca. A política, tal como sempre foi, venceu.
E encerrou o curto período no qual a Petrobras, saindo dos escândalos da Lava Jato, estava relativamente protegida da política como ela sempre foi. Pressões dessa política levaram ao afastamento de mais um presidente da Petrobras.
Mais ainda: o presidente da Câmara acaba de anunciar que pretende alterar a lei das estatais, que foi criada justamente para impedir influências políticas nos conselhos das estatais.
É um enorme retrocesso, e retorno ao clientelismo.
Severino daria parabéns ao seu digno sucessor, Arthur Lira (PP-AL).