Após reunião com Lula e Pacheco, líder do governo diz que há “horizonte” para PL da desoneração

Jaques Wagner disse que "não necessariamente" o aumento proposto será de um ponto porcentual da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL)

Do Estadão Conteúdo
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Na ordem do dia, PL 5.395/2023, que institui a Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Em pronunciamento, à bancada, líder do governo no Senado Federal, senador Jaques Wagner (PT-BA). Foto: Pedro França/Agência Senado
Líder do governo disse que a equipe econômica está fazendo as contas do impacto fiscal das medidas do Senado  • Pedro França/Agência Senado
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta quarta-feira (10) que a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "foi ótima" e que o projeto de lei da desoneração "não tinha horizonte, mas agora tem".

"Só entrará imposto novo se tudo o que a gente está fazendo outros projetos apresentados pelo Senado não alcançar o suficiente para cobrir a desoneração", afirmou o petista.

Segundo Wagner, "não necessariamente" o aumento proposto será de um ponto porcentual da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). O governo sugeriu ao Senado a majoração da CSLL como forma de cobrir a renúncia fiscal provocada pela desoneração. "Pode precisar só de 0,25 ponto porcentual ou 0,5 pp, e por dois anos", declarou.

"Haddad disse que não pode lançar uma proposta sem colocar coisa segura, Rodrigo Pacheco disse que com o aumento da CSLL vai sobrar receita. Eu não quero que sobre", completou.

O líder do governo disse que a equipe econômica está fazendo as contas do impacto fiscal das medidas do Senado para aferir se elas serão suficientes ou não e se outras propostas serão necessárias.

"Terá de ser medido. O texto vai dizer exatamente isso. Se aqui medidas do Senado atingir o necessário para cumprir, tchau e bênção novo imposto", finalizou o senador.