Brasil tem aumento de casos de coinfecção por Covid e influenza, diz laboratório

Levantamento da rede Dasa aponta que os casos de coinfecção saltaram de 2,02% na semana de 29 de dezembro de 2021 a 4 de janeiro de 2022, para 2,86% entre 5 a 11 de janeiro de 2022

Ingrid Oliveira, da CNN, São Paulo
  • Breno Esaki/Agência Saúde DF
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Os casos da coinfecção de influenza e Covid-19 têm aumentado no Brasil.

Segundo levantamento realizado pelo grupo Dasa, rede de saúde integrada, identificou que os casos de coinfecção por Covid-19 e influenza passaram de 2,02% na semana de 29 de dezembro de 2021 a 4 de janeiro de 2022, para 2,86% nesta semana, de 5 a 11 de janeiro de 2022.

Segundo a Dasa, nas mais de 900 unidades do grupo, foram identificados 293 casos da coinfecção até o dia 12 de janeiro de 2022.

O primeiro caso de coinfecção de Covid-19 e influenza foi identificado em Israel e notificado no final de dezembro de 2021.

À CNN, João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, falou que não é como se a gente tivesse um vírus combinado, uma mistura.

“Os vírus que estão circulando têm forma de transmissão parecida e podem infectar as pessoas”, disse.

O Brasil também tem visto um aumento na procura por testagem de SARS-CoV-2. Na rede Dasa, o número passou de 26,01% de 29 de dezembro de 2021 a 4 de janeiro de 2022, para 42,68%, nesta semana de 5 a 11 de janeiro de 2022.

Segundo informações do laboratório, o volume de testes de RT-PCR para Covid-19 cresceu 81% em uma semana.

Em algumas capitais, como o Rio de Janeiro, por exemplo, o volume de testes para influenza no mesmo período cresceu mais de 189,3%. Já São Paulo, viu o volume de testes aumentar em 43,3%.

No Distrito Federal, o volume de testes para influenza aumentou 101,5% no período, comparado a última semana.

O vírus da gripe que está circulando e elevando a preocupação é a cepa H3N2, da influenza A.

Até o momento, as vacinas disponíveis não cobrem proteção contra a variante — e isso deve ocorrer a partir de março, segundo o Instituto Butantan, fabricante do imunizante.

Contudo, especialistas avaliam que, no momento, qualquer precaução é bem-vinda, mesmo sem a cobertura da H3N2.

“O mais importante é evitar aglomerações e tomar as doses de reforço da vacina contra a Covid-19 e a atualização da influenza que vai ocorrer no começo deste ano”, aponta Prats. Ele faz um apelo àqueles que estiverem com “sintomas leves, resfriados, gripados, não visitem outras pessoas”, alerta.