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    Coronavírus: governo quer evitar idas desnecessárias a postos de saúde

    Ministério da Saúde estuda implementar atendimento via telefone e telemedicina. Pasta também promete ampliar horário de UBSs. Brasil tem 25 casos confirmados

    Tainá Farfan , Da CNN Brasil, em Brasília

     

    O Ministério da Saúde estuda a implementação de atendimento via telefone e de serviços de telemedicina (atendimento remoto por médico) voltados especificamente para o combate ao novo coronavírus (COVID-19), apurou a CNN Brasil nesta segunda-feira (9) com fontes do governo federal. O objetivo é diminuir a quantidade de pessoas que vão ao posto de saúde desnecessariamente.

    Na tarde desta segunda, o Ministério da Saúde confirmou 25 casos do novo coronavírus no Brasil. São 16 em São Paulo, três no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um em Minas Gerais, um no Espírito Santo, e um em Alagoas. Quatro pessoas com o coronavírus chegaram a ser hospitalizadas. Ao todo, há 930 casos suspeitos no país.

    O anúncio dos serviços de atendimento ainda não tem data para acontecer. Enquanto isso, o ministério anunciou que vai disponibilizar recursos para que as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) dos municípios possam ampliar em até 40% o horário de atendimento. Uma portaria sobre o tema será publicada em breve. Cada prefeitura deve solicitar a adesão, e poderá contratar novos profissionais ou ajustar a escala de atendimento dos profissionais. 

    O ministério também afirmou que deve publicar ainda nesta semana um edital para a contratação de 5 mil médicos pelo programa Mais Médicos. O início das inscrições está previsto para a próxima segunda-feira (16).

    Mais testes

    Também houve anúncios de mudanças nos testes para a confirmação do COVID-19. Agora, pessoas de municípios com casos confirmados, mesmo com resultados negativos para outros vírus da gripe e sem histórico de viagem, vão fazer o teste para o novo coronavírus.

    Todas as pessoas que chegam ao Brasil por voos de países do hemisfério norte e apresentam sintomas de gripe estão sendo investigadas como casos suspeitos. 

    Segundo o Ministério, uma pessoa com coronavírus transmite, em média, para até três pessoas. Três pessoas em São Paulo e uma na Bahia pegaram o coronavírus por transmissão de outros casos confirmados no Brasil e não por contágio em viagens para o exterior. 

    Enquanto for possível identificar de onde veio o contágio, o Brasil continua classificado como país com “transmissão local”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando não for possível relacionar novos casos a outros confirmados, o país entrará para a lista de “transmissão comunitária”. 

    “Pode ser que a gente não consiga identificar a transmissão e, assim, será transmissão comunitária. Depois disso [que o país entrar na definição de “transmissão comunitária”], faremos testes para SARS-COV 2 [novo coronavírus] apenas para pacientes com síndrome respiratória aguda grave”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira.

    Segundo números divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no começo da tarde, há 110.029 casos confirmados do novo coronavírus em 105 países e territórios. Ao todo, 3.817 pessoas morreram por causa da doença.

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