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    Correspondente Médico: Como o cérebro reage ao susto?

    Fernando Gomes repercutiu caso de monomotor que caiu em Santa Catarina

    Um monomotor caiu em uma rua residencial na cidade de Guabiruba, interior de Santa Catarina, na manhã de sábado (25). Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas estavam na aeronave e foram resgatadas com ferimentos leves. Os sobreviventes da queda receberam alta médica no final de semana.

    Na edição desta segunda-feira (27) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre como o cérebro reage ao susto, como o episódio que aconteceu em Santa Catarina. “É quase um milagre ter tido apenas ferimentos leves após a queda. A magnitude do impacto é muito grande”, disse.

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    Gomes explica ainda que, nestes casos, pode haver uma possível formação de um “anel patológico”, no qual o indivíduo pode ficar mais sensível aos sustos. O cérebro fica sensibilizado a esta experiência e qualquer coisa que lembre esse susto pode causar um ciclo vicioso.

    “Quando levamos um susto, o sistema nervoso libera, de forma maciça, adrenalina. Depois que passa o acidente, a força da liberação do neurotransmissor e o impacto desta memória no cérebro pode gerar trauma mental, causando um ciclo vicioso. Qualquer coisa que possa fazer a pessoa lembrar daquele momento, pode acionar este estímulo traumatizante”, explica.

    De acordo com o médico, uma pessoa pode ainda morrer de susto, por causa da alta descarga de adrenalina que eleva a aceleração do coração, podendo causar arritmia cardíaca.

    “Se a pessoa já tem um histórico cardíaco, ela acaba tendo maior risco de isso acontecer. No entanto, qualquer pessoa pode ir a óbito por conta de algo que ela não espera”, concluiu Gomes.

    (Edição: Sinara Peixoto)

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