Distrito Federal e mais 19 capitais aplicam vacina bivalente contra Covid em maiores de 18 anos

Quatro capitais estão vacinando pessoas mais de 40 anos; uma para maiores de 30; e duas em menores de 18 anos

Catarina Nestlehner, da CNN*, em São Paulo
Aplicação de vacina Bivalente contra a Covid-19  • Fábio Silva/PMC
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O Distrito Federal e mais 19 capitais estão aplicando imunizantes bivalentes contra a Covid-19 em maiores de 18 anos de idade, conforme balanço da Agência CNN realizado até a noite de quinta-feira (4).

As capitais são: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, São Luís, João Pessoa, Recife, Natal, Salvador, Maceió, Palmas, Boa Vista, Manaus, Macapá, Rio Branco e Fortaleza.

Outras quatro capitais estão vacinando pessoas com mais de 40 anos: São Paulo, Belém, Teresina e Curitiba. Porto Alegre está com a campanha para maiores de 30 anos.

São Paulo, por sua vez, começará a vacinação para todos os maiores de idade a partir do sábado (6).

Porto Velho e Aracaju estão vacinando pessoas menores de 18 anos no momento.

Ministério da Saúde anunciou em 24 de abril a ampliação da campanha de vacinação a dose de reforço bivalente para toda população acima de 18 anos. Cerca de 97 milhões de brasileiros poderão ser vacinados.

Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (CoronavacAstrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso, também pode procurar unidades de saúde.

A pasta ressaltou que as vacinas têm segurança comprovada, são eficazes e evitam complicações decorrentes da doença causada pelo coronavírus. A ampliação, segundo o órgão, tem “o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país”.

Por que receber a vacina bivalente?

As vacinas bivalentes são as chamadas segunda geração do imunizante, ou seja, são aquelas que possuem em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron – entenda como elas funcionam. Os imunizantes foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022.

São dois tipos de vacinas diferentes:

  • Bivalente BA.1 – protege contra a variante original e também contra a variante Ômicron BA1;
  • Bivalente BA.4/BA.5 – protege contra a variante original e também contra a variante Ômicron BA.4/BA.5.

Tanto as doses bivalentes quanto as monovalentes, da primeira distribuição, agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus SARS-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade.

O Ministério da Saúde esclareceu que os dois tipos de imunizantes são igualmente eficazes e capazes de oferecer proteção contra a infecção pelo coronavírus.

Os imunizantes do tipo são identificados por tampa na cor cinza. Cada frasco possui seis doses e a vacina não deve ser diluída. O reforço com a vacina bivalente apresenta resposta imune significativamente superior em comparação com a vacinação com o imunizante original da farmacêutica. As informações foram divulgadas pela Pfizer em novembro do ano passado.

Segundo o comunicado, dados atualizados de um ensaio clínico de fases dois e três demonstraram uma resposta imune neutralizante robusta um mês após uma dose de reforço da vacina bivalente. A imunidade gerada foi acompanhada de um perfil de segurança e tolerabilidade semelhante entre as duas vacinas.

O desenvolvimento de vacinas atualizadas busca contemplar as mutações sofridas pelo coronavírus ao longo da pandemia. A primeira geração de vacinas foi desenvolvida a partir da cepa original do vírus, que circulava em 2020.

“Esses resultados reforçam os dados clínicos iniciais relatados anteriormente medidos 7 dias após uma dose de reforço da vacina bivalente, bem como os dados pré-clínicos, e sugerem que uma dose de reforço de 30 µg da vacina bivalente adaptada pode induzir um nível mais alto de proteção contra as sublinhagens BA.4 e BA.5 da Ômicron do que a vacina original”, diz o informe.

(*Publicado por Douglas Porto com informações de Lucas Rocha)