CNN Sinais Vitais

Dr. Kalil: Professor explica sintomas do TOC que podem afetar até 20% da população

Professor de Psiquiatria da USP e psicóloga explicam diferenças entre sintomas e transtorno obsessivo-compulsivo em entrevista à CNN Brasil

Da CNN
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Os sintomas obsessivo-compulsivos são mais comuns do que se imagina, afetando cerca de 20% da população. Esta revelação surpreendente foi feita por especialistas durante o programa CNN Sinais Vitais, que abordou o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Euripedes Constantino Miguel, professor titular de Psiquiatria da USP, e a psicóloga Priscila Chacon esclareceram a diferença entre ter sintomas obsessivo-compulsivos e sofrer do transtorno propriamente dito. Segundo eles, é possível experimentar sintomas sem necessariamente desenvolver o TOC.

Sintomas vs. Transtorno

Miguel compartilhou sua própria experiência com sintomas obsessivo-compulsivos: "Quando estou em um lugar muito alto, tenho a ideia de que poderia me jogar. Isso me traz desconforto imediato e minha tendência é me afastar daquela situação". No entanto, ele enfatiza que não considera isso um transtorno, pois não compromete significativamente sua vida cotidiana.

O professor explicou que o TOC se caracteriza quando os sintomas consomem muitas horas por dia ou causam disfunção significativa na vida da pessoa. Além disso, os comportamentos compulsivos podem ser tanto positivos (rituais de repetição) quanto negativos (evitação de situações temidas).

Estratégias de Enfrentamento

Miguel destacou a importância de enfrentar sistematicamente os sintomas como forma de tratamento. Em seu caso, ele optou por aceitar o desconforto de estar em andares altos durante congressos, em vez de evitar essas situações. Esta abordagem ajudou a prevenir que seus sintomas evoluíssem para um transtorno mais grave.

Os especialistas alertaram que comportamentos aparentemente inofensivos, como alinhar chinelos ou não conseguir dormir com a porta do armário aberta, podem ser indicativos de sintomas obsessivo-compulsivos. Entretanto, ressaltaram que apenas um profissional de saúde mental pode fazer um diagnóstico preciso e determinar se tais comportamentos constituem um transtorno que requer tratamento.

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