Estados Unidos aprovam uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson
O imunizante é o primeiro em que apenas uma dose do produto é necessária
Os Estados Unidos aprovaram a autorização para uso emergencial da vacina produzida pela Johnson & Johnson’s neste sábado (27). O imunizante é o primeiro em que apenas uma dose do produto é necessária.
Com mais de 28,4 milhões de casos confirmados de Covid-19 nos EUA e quase 511.000 mortes relatadas desde o início da pandemia, e embora a demanda por vacinas ainda exceda a oferta, essas vacinas podem não chegar em breve.
“Uma terceira vacina segura e eficaz é uma notícia muito bem-vinda”, tuítou Andy Slavitt, conselheiro sênior da Casa Branca para a Covid-19, na última sexta-feira (26).
A vacina, produzida pela Janssen-Cilag, é segura e efetiva, além de ser considerada flexível. O imunizante é de dose única e não necessida de armazenamento especial.
O imunizante é autorizado para pessoas maiores de 18 anos.
“Precisamos de uma vacina que possa ser rapidamente produzida em massa”, disse o Dr. Greg Poland, chefe do Grupo de Pesquisa de Vacinas da Mayo Clinic, na sexta-feira. “Gostaríamos de ver uma duração razoável de eficácia e proteção”
A vacina foi testada em mais de 44.000 pessoas nos Estados Unidos, África do Sul e América Latina.
De acordo com a agência reguladora dos EUA, globalmente, a eficácia do imunizante para casos graves e críticos é de 66,1%. Nos Estados Unidos, a vacina é considerada 72% eficaz e oferece 86% de proteção contra as formas graves da doença.
“Uma dose vai mantê-lo fora do hospital, mantê-lo fora da unidade de terapia intensiva e mantê-lo fora do necrotério”, disse o Dr. Paul Offit, assessor de vacinas da agência reguladora dos EUA.
A vacina tem poucos efeitos colaterais. A maioria é leve, incluindo dor no local da injeção, dor de cabeça, fadiga e dores musculares.
Brasil
Uma lei aprovada em maio de 2020 obriga a Anvisa a avaliar em até 72 horas, ou três dias corridos, “quaisquer materiais, medicamentos, equipamentos e insumos da área da saúde sujeitos à vigilância sanitária” que tenham sido aprovados por quatro agências estrangeiras consideradas referências.
As quatro agências citadas, equivalentes em seus países à Anvisa, são a FDA, dos Estados Unidos, a EMA, da União Europeia, a PMDA, do Japão, e a NMPA, da China.
A regra vai além e estabelece que, caso a Anvisa não analise o pedido nesse prazo de três dias, a autorização será “concedida automaticamente”. É importante observar que a Anvisa pode rejeitar o pedido, e a aprovação automática só aconteceria em caso de falta de resposta.