Não há indícios de que a variante Mu escape completamente de vacinas, diz virologista
À CNN, Romulo Leão Silva Néris afirmou que ainda é necessária a coleta de mais dados sobre a nova cepa, identificada na Colômbia
Não há indícios de que a variante Mu escape completamente de vacinas contra a Covid-19. Esta é a avaliação do virologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), Romulo Leão Silva Néris, em entrevista à CNN.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora a nova cepa, que foi identificada pela primeira vez na Colômbia, em janeiro.
Romulo explica que ela foi reconhecida como “variante de interesse” porque foi identificada uma mutação que é “importante para detecção pelo nosso sistema imunológico quando monta defesa, em teoria, poderia diminuir em algum grau a eficácia de vacina.”
No entanto, o virologista reforça que a variante Mu “até agora não tem nada de especial em relação às outras.”
“Já se conhece mais de 10 mil variantes desde que a pandemia começou, mas poucas delas representam risco, como capacidade de se espalhar mais rápido, ou escape imunológico das vacinas”, completou.
Ele destaca que a cepa surgiu em janeiro e causou surtos esporádicos na América do Sul e mesmo nos Estados Unidos: “Ainda assim ela acabou, até o momento, não competindo e ganhando frente a outras variantes, a gente ainda precisa de muitos dados de estudos.”