Prognóstico reservado: entenda termo usado em boletim médico do papa
O pontífice, de 88 anos, está internado no hospital Gemelli, de Roma, desde o dia 14 de fevereiro


O Vaticano comunicou, nesta segunda-feira (10), que o estado de saúde do papa Francisco “continua a melhorar” e que seu prognóstico deixou de ser “reservado”. Isso significa que o pontífice tem mostrado “boa resposta” ao tratamento.
Apesar da melhora, a expectativa é de que o papa permaneça no hospital por “vários dias”, dada a complexidade de sua condição clínica.
O papa Francisco, de 88 anos, está internado no hospital Gemelli, de Roma, desde o dia 14 de fevereiro. Inicialmente hospitalizado com uma crise respiratória, o pontífice também luta contra uma pneumonia bilateral – isto é, que afeta seus dois pulmões.
De acordo com Amilton Silva Júnior, gerente médico da UTI do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, “prognóstico reservado” é um jargão médico utilizado para caracterizar um quadro de saúde em que não é possível prever, com segurança, se o paciente irá reagir positivamente ao tratamento.
“Normalmente, utilizamos esse termo para pacientes graves com risco de óbito muito alto”, afirma Silva Júnior à CNN.
Segundo o especialista, o termo costuma ser utilizado em quadros caracterizados por doenças crônicas já avançadas, em que o tratamento não apresenta a resposta esperada, ou com quadros graves de saúde, como insuficiência renal, insuficiência respiratória grave, lesões neurológicas graves, parada cardíaca ou choque séptico com falência múltipla de órgãos.
“Normalmente, são doenças avançadas em que o tratamento não consegue reverter as disfunções, e que não conseguimos passar para a família, com segurança, que o tratamento instituído será eficaz”, afirma Silva Júnior.
Francisco, que é papa desde 2013, sofreu vários surtos de problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é propenso a infecções pulmonares, pois desenvolveu pleurisia quando jovem adulto e teve parte de um pulmão removido.
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