Representantes de vacina russa discutem com Anvisa autorização de estudos

A ideia deste primeiro contato formal com a órgão é dar início às tratativas para o desenvolvimento da fase três dos experimentos clínicos da vacina no Brasil

Kenzô Machida, da CNN em Brasília
Frascos da Sputnik V, vacina contra Covid-19 aprovada pela Rússia
Frascos da Sputnik V, vacina contra Covid-19 aprovada pela Rússia  • Foto: Divulgação - 06.ago.2020/ Fundo Russo de Investimento Direto
Compartilhar matéria

Representantes da vacina russa contra a Covid-19 vão se reunir, nesta quinta-feira (27), com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para discutir a autorização dos estudos do imunizante no país.

A ideia deste primeiro contato formal com a órgão é dar início às tratativas para o desenvolvimento da fase três dos experimentos clínicos da vacina no Brasil.

Leia também:

SP projeta 400 milhões de doses de vacinas do Butantan com investimento federal

Oxford e AstraZeneca: entenda tudo sobre a vacina em fase final de testes

Nesta quarta-feira (26), o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, disse que vai compartilhar os estudos iniciais da vacina contra a Covid-19 com a Comissão Externa da Câmara que acompanha as ações de enfrentamento ao novo coronavírus. O compromisso foi firmado em audiência pública.

O movimento do governo do Paraná e dos russos acontece no momento em que há uma corrida pelo registro de vacinas no Brasil.

Também nesta quarta (26), o secretário de saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas e secretário especial da Anvisa Antônio Imbassahy se reuniram para apresentar dados e mostrar a capacidade de produção da vacina para agilizar um possível registro do imunizante desenvolvido pelo Butantan com a chinesa Sinovac.

Na semana passada, a Anvisa e a Fiocruz se reuniram para falar sobre o pedido de registro da vacina de Oxford com o laboratório Astrazeneca.

No início do mês, a Rússia firmou um convênio com o governo do Paraná para a produção da vacina no Brasil. Embora a Sputnik V tenha sido a primeira vacina contra a Covid-19 a receber registro oficial de um país, a imunização ainda é questionada pela comunidade científica.