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    São Paulo receberá mais 7,5 milhões de doses da Coronavac até o final de 2020

    Se somadas as 3 milhões que já chegaram ao Brasil, São Paulo terá 10,8 milhões de doses até o fim do ano

    Matheus Prado, , da CNN, em São Paulo*

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (21), durante entrevista coletiva, que o estado, através do Instituto Butantan, irá receber mais 5,5 milhões de doses da Coronavac no dia 24 de dezembro. 

    Outros dois carregamentos de vacinas chegarão em solo paulista ainda esse ano. Em 28 de dezembro serão 400 mil e em 30 de dezembro serão 1,6 milhão de vacinas. 

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    Se somadas as mais de 3 milhões que já chegaram ao Brasil, São Paulo terá 10,8 milhões de doses até o fim do ano. Também serão compradas 100 milhões de seringas e 100 milhões de agulhas para o estoque estadual.

    Vacinação

    Durante o anúncio, Doria voltou a dizer que a vacinação no estado começará no dia 25 de janeiro, apesar de imbróglio com o governo federal.

    Apesar da promessa do governador de uma data para início da vacinação no Estado, não existe ainda sequer um pedido de registro da CoronaVac junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso porque ainda não foram apresentados os dados de eficácia da candidata a vacina na prevenção da Covid-19.

    Depois de adiar por duas vezes o anúncio do resultado da eficácia da vacina em estudos clínicos de Fase 3, o Butantan promete para a quarta-feira (23) desta semana a divulgação do grau de eficácia do potencial imunizante e a entrada com pedido de registro da CoronaVac simultaneamente no Brasil e na China na mesma data. O instituto também pedirá autorização para uso emergencial à Anvisa.

    “O estudo clínico foi encerrado, com mais 13 mil participantes, e os dados foram submetidos à análise, que cabe a revisão dos dados pelo Comitê Internacional, no dia 23. A data está mantida”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

    O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, havia afirmado à CNN no último dia 17 que o estado mantém o objetivo de iniciar a vacinação de sua população contra a Covid-19 já em janeiro, apesar da intenção de compra da Coronavac manifestada pelo governo federal.

    “Temos que entender que não recebemos nenhuma informação quanto ao início da imunização [pelo Ministério da Saúde], que pode acontecer em março, abril. Nós precisamos vacinar. Esse vírus tem vindo de forma mais importante nas últimas semanas, comprometendo mais pessoas e ceifando mais vidas”, disse.

    “Estaremos, aptos, prontos para entrar no Plano Nacional de Imunização (PNI), mas enquanto ele não se inicia, nós iniciaremos aqui em São Paulo, sim. Não podemos perder vidas, não podemos sobrecarregar nossas unidades hospitalares”, completou.

    Mutação do coronavírus

    Questionado sobre a mutação do coronavírus, o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 do estado, João Gabbardo, mostrou preocupação em relação ao desembarque de passageiros infectados em Guarulhos. “Essa preocupação é importante, mas essa é uma atribuição da Anvisa. Esperamos que a Agência analise essa situação e estabeleça alguma orientação a ser cumprida”, diz. 

    *Com informações de Fabricio Julião e da Reuters

     

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