Sapucaí: postos médicos montados tem capacidade para mil atendimentos por dia
Foram disponibilizados 32 leitos; como medida sanitária em vigor, passaporte da vacina será cobrado de todos que forem à passarela do samba
Na semana em que os tamborins voltam a tocar na passarela do samba, toda uma equipe já se prepara para solucionar possíveis problemas de saúde que possam ocorrer durante os desfiles das escolas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, as principais causas de levam os foliões a procurarem atendimento médico no sambódromo são mal estar devido ao calor ou ingestão de bebidas alcóolicas em excesso, hipertensão, entorses e luxações, cortes e traumas diversos.
Para dar conta dos casos, foram montados sete postos de atendimento em saúde na Marquês de Sapucaí, com capacidade para mil pacientes por dia de desfile.
As unidades contam com 32 leitos, sendo oito avançados, e 71 profissionais contratados para atender as emergências médicas durante a festa no sambódromo. Os postos tem estrutura para atender desde os casos mais simples, de desidratação, por exemplo, até mais graves, que tenham risco iminente de morte.
Além disso, toda uma estrutura para remoção de pacientes também foi prevista, com até 16 ambulâncias com suporte avançado (UTI móvel) para fazer a transferência, coordenada pela Central Municipal de Regulação, para hospitais ou UPAs da rede.
“Nos ensaios técnicos nós fizemos 124 atendimentos, com doze remoções. Então, a equipe já fechou todos os fluxos, já treinou bastante, estamos prontos”, garantiu o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.
O atendimento vai funcionar entre os dias 20 e 24 e no sábado das campeãs (30). Os postos médicos estão na concentração, dispersão e em outros pontos estratégicos da passarela do samba carioca.
Por dia, estarão de plantão 26 médicos, 18 enfermeiros e 27 técnicos de enfermagem para atender os integrantes da escola, público ou trabalhadores que precisarem.
No dia da apuração (26), também haverá esquema para atendimento na Praça da Apoteose. “Nossos postos médicos são preparados e equipados para dar o pronto atendimento às emergências que surjam, seja com os integrantes das escolas, com o público ou com a força de trabalho do sambódromo”, disse Prado.

Passaporte da vacina
Fiscais do Instituto de Vigilância Sanitária também atuarão no sambódromo e no Terreirão do Samba para cobrar o passaporte da vacina.
Segundo o secretário municipal de Saúde, todos os funcionários, integrantes das escolas e público maiores de 18 anos terão que apresentar o cartão que comprova a imunização para terem a entrada liberada.
A medida sanitária é a única que segue em vigor na capital fluminense. Mas Prado não acredita que haja um aumento de casos de Covid após a folia.
“Estamos com um cenário ideológico muito favorável, é um de melhores da pandemia, nosso índice de positividade nos testes também é baixo, tem poucas pessoas internadas, poucas pessoas procurando o serviço de saúde por síndrome respiratória aguda grave. Então, nós estamos monitorando, mas nós acreditamos que o carnaval vai ser tranquilo. No outro carnaval a gente não teve nenhum aumento, pelo contrário continua nessa tendência de baixa. Então vamos ter que acompanhar para ver o que vai acontecer e tomar medidas”, explicou o secretário.