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    Vacina mudou perfil de internados com Covid e diminuiu risco da comorbidade, diz estudo

    Em entrevista à CNN, professor autor da pesquisa, Mauricio Lacerda Nogueira, disse que, entre vacinados, mortes pela doença se concentram em idosos com problemas renais

    Ester CassaviaElis FrancoLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    Uma análise feita por um laboratório da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) indicou que a vacinação contra a Covid-19 mudou o perfil dos pacientes que foram internados e depois morreram em decorrência da doença.

    O estudo contou com a participação de mais de 2,7 mil pacientes, que foram internados entre 5 de janeiro e 12 setembro de 2021. Os pesquisadores perceberam que, no grupo de não vacinados, a presença de uma ou mais comorbidades foi determinante para o agravamento do paciente até o óbito.

    Já entre os vacinados, as mortes se concentraram entre os pacientes com mais de 60 anos e problemas renais. Dessa forma, o estudo indicou que a vacina fez com que a comorbidade deixasse de ser um fator de risco para a morte de pacientes internados com Covid-19.

    Em entrevista à CNN nesta sexta (11), o professor da Famerp e um dos autores do estudo, Mauricio Lacerda Nogueira, disse que o trabalho mostra “a grande capacidade da vacinação em proteger pessoas com comorbidade da Covid-19 grave”.

    “Nós percebemos no ano passado, ao acompanhar a pandemia, que, conforme o ano passou, o perfil de pacientes graves mudou. No começo de 2021, tínhamos uma vacinação em idosos e casos muito graves em jovens com comorbidades”, relembrou Nogueira.

    Já em um segundo momento, com o avanço da vacinação, a mortalidade volta aos idosos, em uma proporção muito menor, mas atingindo os idosos com comorbidades, especialmente com doença renal”, completou.

    Ele explica que a pesquisa foi feita no Hospital de Base de São José do Rio Preto, que é referência na região, e foi feito um monitoramento constante ao longo do ano com “quem estava entrando no hospital, com qual doença, qual diagnóstico, como ele foi feito, qual variante circulava”.

    “Durante o ano passado, os jovens que não foram vacinados e tinham comorbidades sofreram de uma forma muito drástica”, disse.

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