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    Vacinação contra Covid em crianças de 3 e 4 anos com comorbidades começa nesta quarta (20) em SP

    Vacina utilizada nesta faixa etária será a Coronavac; de acordo com a secretaria o público estimado é de cerca de 15 mil crianças na capital paulista

    Ingrid Oliveirada CNN

    A cidade de São Paulo começará a imunização contra a Covid-19 em crianças de 3 e 4 anos nesta quarta-feira (20). Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, serão priorizadas crianças com comorbidades (exceto imunossuprimidas), com deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual), além de indígenas.

    A vacina utilizada nesta faixa etária será a Coronavac. De acordo com a secretaria o público estimado é de cerca de 15 mil crianças na capital paulista.

    No dia 13 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, por unanimidade, o uso do imunizante para esse público — é o único imunizante aprovado para crianças abaixo de 5 anos no país.

    À CNN, o professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) Robson Reis ressaltou a importância da vacinação neste grupo.

    “A vacinação das crianças é extremamente necessária, e posso citar diversos motivos: a proteção da própria criança vacinada, a proteção das pessoas que convivem com essa criança e a imunização desta faixa etária acaba contribuindo para o que nós chamamos de imunização de rebanho, imunidade coletiva — que ajuda a fortalecer a luta contra o coronavírus”, disse.

    Esse termo refere-se a uma imunização obtida quando a maior proporção de indivíduos em uma comunidade está protegida, seja porque teve a doença ou porque foi vacinada — dessa maneira, o vírus tem dificuldade em achar um hospedeiro.

    O que levar para vacinar as crianças

    Para que a criança receba a vacina em São Paulo, os responsáveis deverão apresentar documento de identificação (preferencialmente com CPF) do menor.

    No que se refere à comprovação da comorbidade, é necessário apresentar comprovante de condição de risco, como receitas ou relatórios físicos ou digitais, desde que haja identificação do paciente, CRM com carimbo do médico e na validade de dois anos de emissão.

    Reis avalia que as pesquisas atuais, chamadas de “estudos de vida real”, que avaliam a aplicação da vacina nesta faixa etária em outros países, como o Chile, demonstraram a efetividade e segurança — em termos de efeitos colaterais.

    O infectologista ressaltou que toda vacina, medicamento, ou imunobiológico, pode causar algum efeito no organismo — aquele que desejamos, ou eventos adversos.

    “As reações adversas [da Coronavac] são leves. As graves são extremamente raras dentro dessa população. A vacinação das crianças [neste momento] é fundamental para caminharmos para o fim da pandemia da Covid-19”, afirma o professor.

    Doses remanescentes

    A vacinação das crianças de 3 e 4 anos sem comorbidades ou deficiência deve acontecer nos próximos dias em São Paulo. Enquanto isso, os responsáveis podem fazer a inscrição nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou escolas para recebimento de doses remanescentes (a chamada xepa da vacina).

    Para isso, o adulto deve apresentar a documentação com endereço e telefone para convocação.

    O público elegível na capital, sem considerar apenas quem tem comorbidade ou deficiência permanente, é de 55 mil com 3 anos, e 158 mil com 4 anos.

    Pelo menos 11 capitais iniciaram a vacinação crianças de três anos ou mais contra a Covid-19: Rio de Janeiro, Fortaleza, Boa Vista, Manaus, Belém, Salvador, São Luís, Florianópolis, Natal, Campo Grande e Vitória.

    *Com informações de Lucas Rocha, da CNN

     

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