Noite Internacional de Observação da Lua acontece nesta semana; saiba tudo
Veja dicas para observar e descobrir mais sobre nosso satélite na data

A próxima Noite Internacional de Observação da Lua acontece neste sábado (4). O evento, organizado pela Nasa, tem o objetivo de reunir entusiastas da observação astronômica e curiosos ao redor do mundo para observarem nosso satélite natural na mesma noite, uma vez por ano.
A data ocorre anualmente em setembro ou outubro, sempre quando a Lua está em sua fase de um quarto crescente. Este momento permite observar a linha que separa a claridade da escuridão na superfície do satélite, onde as sombras realçam a paisagem de crateras da Lua.
A Nasa convida todos a participarem, independente do local do mundo, observando a Lua a olho nu, com auxílio de telescópios ou binóculos, e até de maneira on-line caso as condições de visibilidade não estejam boas.
Veja dicas para observar a Lua
A olho nu
Ao observar a Lua apenas com seus olhos, é possível ver, principalmente, áreas brancas e cinzas sobre sua superfície.
As manchas cinza se tratam de fluxos de lava vulcânica solidificada. Em sua juventude, o interior de nosso satélite ainda estava derretido e o magma frequentemente jorrava para a superfície. Quando asteroides ou meteoritos atingiam a Lua, as bacias formadas pelo impacto se enchiam de lava, que posteriormente esfriava, formando uma rocha de cor mais escura.
As áreas com cor mais clara formam a crosta mais antiga da Lua, formadas principalmente por um tipo de rocha chamada anortosito.
Se sua visão estiver boa e as condições de observação colaborarem, ainda é possível enxergar a olho nu algumas das crateras maiores formadas por impactos na superfície lunar.
Com binóculos
Com o uso de binóculos, será possível identificar o terreno irregular que forma nosso satélite. Os padrões de cinza e branco se transformam em crateras e cadeias de montanhas.
Os binóculos possibilitam distinguir as diferentes texturas da Lua – especialmente quando ela não está em sua fase cheia – é possível observar as sombras projetadas pelo relevo na linha que separa a parte clara e escura do corpo celeste.
Com um telescópio
Ao usar um telescópio, a Lua se torna grande demais para poder ser vista como um todo de uma só vez, mas será possível observar ainda mais detalhes das montanhas e crateras que a formam, inclusive as menores que se espalham ao redor das principais.
Além disso, também se tornam visíveis vales e rachaduras na superfície do satélite, formados quando a lava se resfria e se contrai.
Quanto mais detalhes se revelam através da observação, passamos a deixar de perceber a Lua apenas como uma esfera brilhante no céu noturno e entendemos a complexidade e a dimensão deste outro mundo.