Por dentro do Mata Città, novo restaurante italiano na Cidade Matarazzo

Com sete ambientes e opções para diferentes momentos do dia, local serve pratos clássicos da Itália, nos levando a uma viagem cheia de cores e texturas ao país da bota

Daniela Filomeno, do Viagem & Gastronomia
Daniela Filomeno no Mata Città, em São Paulo
Dividido em sete ambientes, Mata Città oferece comida italiana farta dentro do complexo Cidade Matarazzo  • CNN Viagem & Gastronomia
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A pouquíssimos passos da Avenida Paulista, coração de São Paulo, um pedacinho delicioso da Itália acabou de desembarcar na Cidade Matarazzo. Sinônimo de luxo e originalidade, o complexo, que reúne o hotel Rosewood São Paulo, o espaço cultural Casa Bradesco e o clube Soho House, ganhou uma novidade apetitosa para todos os sentidos: o Mata Città.

Depois de visitá-lo logo após a abertura, digo sem dúvidas que não se trata apenas de um grande restaurante, mas sim de uma experiência que une arquitetura, sabores reconfortantes e detalhes impressionantes.

Vamos aos números: o Mata Città tem 1.600 m² e capacidade para 470 pessoas. É dividido em sete ambientes cenográficos interligados, cada um decorado à sua maneira, que nos levam a uma viagem colorida pelo Mediterrâneo.

O grandioso espaço é todo inspirado na estética do cinema italiano das décadas de 1960 e 1970, colocando a atmosfera da dolce vita tanto na mesa quanto nas paredes. Pense em pratos clássicos generosos para todas as horas do dia, ideais para serem compartilhados, assim como cerâmicas ricamente adornadas e cômodos repletos de quadros, fotografias, objetos garimpados, móveis de veludo, cores saturadas e espelhos.

Os ambientes funcionam como capítulos de um mesmo filme e humor não falta. Nem os banheiros escapam: um deles é todo inspirado em cartas de tarô. No geral, é um endereço onde podemos prolongar a conversa e nos mimar sem culpa com pizzas de borda alta e massas que abraçam.

Os sete ambientes

Sofisticados e descontraídos, cada um dos ambientes tem nome próprio e decoração única. Podemos começar pelo Dolce Vita, pátio onde é servido café e brunch o dia todo, com direito a docinhos e gelatos. Há o Capo, bar quase teatral, com balcão e prateleiras que chegam ao teto repletas de rótulos.

Por sua vez, o espaço Conde presta homenagem a Francisco Matarazzo, fundador das célebres Indústrias Matarazzo. O espaço faz jus ao legado do empresário ao reunir elementos industriais, tapeçarias e retratos históricos.

Depois, além de mesas, o Cucina se revela como um verdadeiro empório, com queijos cortados à mão, embutidos maturados e prateleiras com produtos italianos. Para quem gosta de uma varanda externa, o Terrazza é a pedida certa, com mesas ao ar livre e único cantinho que aceita pets.

Há ainda o Positano, com paredes que exibem garrafas e luzes âmbar. Para encerrar, há até um jardim de inverno, o Tivoli, decorado com bambus, treliças e teto espelhado.

Podemos sentar em qualquer um dos ambientes, já que possuem um menu compartilhado, mas certos espaços também garantem itens específicos.

O menu

O Mata Città serve uma cozinha italiana clássica e reconfortante, que chega à mesa em porções generosas para serem compartilhadas com amigos e familiares. Esse é um dos traços mais celebrados da culinária italiana, que recentemente foi declarada um Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco.

Entre entradas, saladas, pizzas, massas, grelhados e sobremesas, temos à disposição mais de 60 preparos. Nas entradinhas, tome como exemplo as batatas fritas cobertas com creme de pecorino e pimenta-do-reino (R$ 70); o arancini al tartufo, com salsa de trufas e fior di latte (R$ 68, duas unidades); e a seleção de burratas, como a que vem com berinjela à milanesa (R$ 72).

As massas, como de se esperar, entram como destaques. O menu tem o spaghetti Aglio e Olio (R$ 40), com toque de alho, pimenta e salsinha; o Agnolotti dal Plin (R$ 70), servido na manteiga com parmesão e demi-glace; e o rigatoni Amatriciana (R$ 55), com guanciale, molho de tomate, mix de pimentas e pecorino. Há também o tagliatelle Alla Genovese (R$ 78), ao ragú de carne com creme de cebola, e a Pasta all’Assassina (R$ 40), um spaghetti “caramelizado” no molho de tomate picante servido exclusivamente no Capo.

Junto das pastas, as pizzas também são protagonistas. Entre as tradicionais há a Margherita (R$ 38), com molho de tomate, fior di latte e manjericão; a Calabresa (R$ 45), com embutido defumado, fior di latte, cebola caramelizada e chili oil; e a 4 Formaggi (R$ 70), com fior di latte, parmesão, gorgonzola e provolone.

Entre os "secondi piatti", entram em cena o Ossobuco al Vino Rosso (R$ 160), braseado por 12 horas, e o Pollo Arrosto al Limone (R$ 154), frango inteiro marinado com limão-siciliano. No Conde, podemos experimentar a Bistecca (R$ 489), um corte de 900 g com batatas rústicas e manteiga de ervas.

Para dar conta da gigante operação, o restaurante conta com 70 profissionais na cozinha e 150 no salão. Eles são regidos por Felipe Rodrigues, chef executivo do complexo, e Thiago Saldiva, chef executivo da casa.

Drinques e sobremesas

Coquetelaria tem itens autorais e clássicos, como o Negroni Del Conde, que leva gim, amaro, vermute rosso, banana, açaí, bitter de cacau e chocolate 70% • Divulgação
Coquetelaria tem itens autorais e clássicos, como o Negroni Del Conde, que leva gim, amaro, vermute rosso, banana, açaí, bitter de cacau e chocolate 70% • Divulgação

Coquetelaria e confeitaria não ficam de fora. Por trás das bebidas estão Gabriel Bressane, chefe de mixologia, e Carlos Franco, chefe de bar.

No ritmo do sotaque ítalo-brasileiro, a carta inclui o Negroni Del Conde (R$ 75), que leva gim, amaro, vermute rosso, banana, açaí, bitter de cacau e chocolate 70%; o Sgroppino (R$ 60), com sorbet de morango, vinho rosé com amora e manjericão; e o Volare (R$ 75), com licor de elderflower, jerez fino, vinho rosé com amora e club soda. Para os amantes de vinhos, uma carta com 300 rótulos está à disposição.

Para arrematar, nada melhor do que um toque de açúcar. Liderada pela chef-pâtissière Bárbara Andrade, a confeitaria do Mata Città tem como estrela a Torta al Limone e Meringa (R$ 96), que chega em uma taça extragrande, perfeita de compartilhar colheradas com quem estiver à mesa. Ela não impede de darmos uma olhadinha nas outras opções, que vão desde tiramisù e cannoli até semifreddo de pistache.

Mais novidades na Cidade Matarazzo

Interior da loja Mata Lab, com curadoria de marcas internacionais • Rafael Cusato
Interior da loja Mata Lab, com curadoria de marcas internacionais • Rafael Cusato

Aberto no último dia 10 de dezembro, o Mata Città não é a única novidade quente do complexo. Inaugurada dias antes, a Mata Lab é vizinha da Casa Bradesco e da Soho House, ocupando três mil metros quadrados e nos apresentando uma curadoria de mais de 200 marcas, que vão desde vestuário até joalheria e móveis.

O projeto está alinhado ao design autoral e inclui venda de produtos de marcas nacionais, a exemplo de Osklen, PatBo e Missoni, assim como Forca Studio, Santa Resistência e The Paradise. É o primeiro espaço de todo o Brasil a contar com uma seleção de produtos da badalada Dover Street Market, loja londrina da designer Rei Kawakubo que é adorada pelos antenados em moda. No geral, as etiquetas também trazem conceitos como sustentabilidade, peças de segunda mão e upcycling.

Serviço:

Mata Città: Rua Itapeva, 569 - Loja L0A1001 - Bela Vista, São Paulo - SP / Horário de funcionamento: Dolce Vita aberto todos os dias, das 8h às 23h; Capo, Cucina, Tivoli, Positano, Conde e Terrazza abertos de segunda a domingo, das 12h às 15h e das 19h às 23h / Reservas pelo site.

Mata Lab: Alameda Rio Claro, 260 - Bela Vista, São Paulo - SP / Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 22h; e domingo, das 12h às 20h / Mais informações no Instagram.

 

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