Pedro Duran
Blog
Pedro Duran

O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

PF do Ceará prepara estrutura com câmera, microfone e sala de imprensa para depoimento de general

Ex-chefe do Comando de Operações Terrestres, Estevam Theóphilo Gaspar de Oliveira mobilizaria tropas para garantir plano de golpe de Estado, segundo a investigação

Viatura da Polícia Federal  • Sergio Moraes/Reuters (28.jul.15)
Compartilhar matéria

Uma sala de interrogatório com microfone e câmeras foi montada para receber o depoimento do general Estevam Theóphilo Gaspar de Oliveira na sede da superintendência da Polícia Federal em Fortaleza, no Ceará, nesta sexta (23).

O local fica próximo ao Aeroporto Internacional Pinto Martins. As informações foram confirmadas à CNN por fontes da PF no estado.

Um delegado foi designado pela direção da Polícia Federal para ouvir o general. Ele pode ter consigo, durante o depoimento, um escrivão, que passará o que foi dito para o papel e, depois, obter a assinatura do general com a conferência das informações escritas.

A gravação também não é obrigatória, mas tem sido usada nesse tipo de caso. Por isso, a estrutura está pronta.

Uma espécie de sala de imprensa também foi reservada para atender jornalistas, com água, cadeiras e ar condicionado. O conteúdo do depoimento, no entanto, é sigiloso, assim como os dados relativos à investigação do plano de golpe.

A CNN apurou que o general deve chegar por volta das 14h, quando o expediente no prédio é retomado. O depoimento deve começar logo em seguida, por volta das 14h30.

No entanto, de acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que foi tornado pública com a quebra do sigilo, é possível apontar o que seria o papel de Theóphilo, segundo as investigações.

Para a Polícia Federal, ele seria o responsável por comandar os militares das chamadas Forças Especiais, também conhecidos como “kids pretos”, para garantir que o suposto golpe de fato acontecesse.

Um dos planos centrais do grupo, segundo a peça revelada, era prender o próprio Alexandre de Moraes. No governo Bolsonaro coube a Theóphilo chefiar o Comando de Operações Terrestres (Coter).