Tainá Falcão
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Tainá Falcão

Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

Congresso optou por agenda de confronto, diz presidente do PT

Edinho Silva negou à CNN que esteja estimulando confronto com o Legislativo ao convocar atos contra o PL da Dosimetria

O novo líder do PT, Edinho Silva  • CNN
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O presidente Nacional do PT, Edinho Silva, se defendeu após, segundo ele, ter sido alvo de críticas dos dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), depois de convocar manifestações contra o PL da Dosimetria.

A cúpula do Congresso afirma que a convocação de manifestações por parte do PT levará a um tensionamento ainda maior entre os Poderes.

À CNN, Edinho negou que esteja estimulando confronto com o Legislativo e afirmou que a convocação dos atos visam defender “posições históricas do PT” e “interesses populares”.

“Tenho respeito pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Sempre defendo o Congresso Nacional como expressão da democracia, mas as Casas optaram por uma agenda extremamente impopular, que gera instabilidade institucional, uma agenda de confronto político. Sempre vou procurar ser um agente do diálogo e da pacificação política, mas jamais vou deixar de defender o fortalecimento da democracia e os interesses populares, jamais vou deixar de defender as posições históricas do PT”, afirmou.

Edinho sustenta que a mobilização social é legítima e que sua postura não busca inflamar o ambiente, mas “reafirmar a centralidade da sociedade no debate democrático”.

O petista reforça que pretende manter portas abertas para o diálogo institucional, mas insiste que isso não significa silenciar diante do que considera retrocessos para o país.

A inclusão do PL da Dosimetria na pauta de votação ocorreu sem o conhecimento do governo, mesmo após reunião de Hugo Motta com a ministra da SRI, Gleisi Hoffmann (PT), no dia anterior.

Davi Alcolumbre, que já estava em rota de colisão com o governo pela indicação do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, ao STF, comprometeu-se a votar a matéria ainda neste ano.