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    Tainá Falcão
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    Tainá Falcão

    Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

    Para aliados, rejeição a Lula e ao governo complica cenário em 2026

    Petistas admitem dificuldades e ministros focam em perspectiva de melhoria

    A nova pesquisa Genial/Quaest confirmou o que aliados do presidente Lula temiam: a aprovação do governo baixou para um patamar próximo aos 30%, considerado o “piso” do PT.

    De acordo com a pesquisa, o governo é aprovado por 32% da população brasileira. Outros 31% avaliam o governo negativamente e 33% acreditam que o desempenho do governo é regular.

    Na comparação com julho, a pesquisa mostra oscilação de quatro pontos percentuais para baixo na avaliação positiva; três pontos para cima no índice regular; e um para cima no negativo.

    Em agosto, aliados de Lula já avaliavam que esse patamar mais baixo – semelhante ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período de mandato – pode se tornar irreversível e um obstáculo à reeleição em 2026.

    Filipe Nunes, responsável pela Genial/Quaest, disse à CNN que uma das dificuldades é transformar em popularidade as medidas econômicas adotadas pelo governo.

    “Lula chega com baixo capital político na boca da urna de 2024 e com grandes desafios para 2026”, avalia Nunes.

    A avaliação sobre o presidente da República também confirma o que seus conselheiros no Palácio do Planalto já apontavam como um problema do governo: a dificuldade de “furar a bolha” e abrir diálogo com eleitores de outros espectros políticos.

    O trabalho de Lula é aprovado por mais da metade dos brasileiros (51%) – queda de três pontos em relação aos 54% que o aprovavam na pesquisa de julho. Enquanto isso, 45% da população o desaprovam.

    “Lula mantém aprovação entre quem votou nele em 2022, e rejeição entre quem votou contra ele. (…) Não conquista ninguém novo, mas também não perde a base. É um governo da sua bolha.”, acrescentou Nunes.

    A desaprovação de Lula está concentrada no Sudeste (de 48% para 53%), em eleitores com mais de 60 anos de idade (de 37% para 48%), ensino superior incompleto (de 51% para 59%) e quem ganha até dois salários mínimos (de 26% para 32%).

    Para ministros de Lula, no entanto, é preciso olhar para o lado positivo da pesquisa.

    Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), citou dois pontos: que a avaliação positiva do presidente ainda está acima da negativa e o empate entre notícias boas e ruins sobre o governo.

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