Análise: EUA e Japão fecham acordo "anti-China"

Segundo o analista Gabriel Monteiro, no CNN Novo Dia, a parceria busca garantir fornecimento de terras raras e minerais essenciais, fortalecendo cadeias de abastecimento e desenvolvendo mercados alternativos à China

Da CNN Brasil
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Estados Unidos e Japão estabeleceram uma aliança estratégica para garantir o fornecimento de minerais essenciais e terras raras, elementos cruciais para a produção de eletrônicos e tecnologias de transição energética. O acordo, assinado nesta terça-feira (28), visa reduzir a dependência dos dois países em relação à China, que atualmente controla mais de 60% da produção mundial desses recursos. A análise é de Gabriel Monteiro, no CNN Novo Dia.

Embora o documento não mencione diretamente a China, a parceria visa fortalecer a soberania energética e o controle sobre materiais fundamentais para a fabricação de produtos eletrônicos e veículos elétricos. A iniciativa prevê investimentos conjuntos em empresas nacionais de ambos os países para exploração, mineração e processamento desses recursos.

Principais pontos do acordo

"O pacto inclui uma série de medidas de incentivo, como subsídios para empresas nacionais, garantias governamentais para créditos, empréstimos diretos com condições facilitadas e acordos de aquisição. Além disso, prevê a simplificação regulatória e o mapeamento de reservas não apenas nos territórios de ambos os países, mas também em outras nações", afirma Gabriel.

Uma das cláusulas mais significativas do acordo visa impedir a venda de ativos estratégicos para empresas chinesas. Os governos se comprometem a atuar ativamente para evitar que reservas e instalações de processamento sejam adquiridas pela China, incentivando a compra desses ativos por empresas nacionais ou de países aliados.

"O timing do acordo é particularmente relevante, considerando as recentes restrições impostas pela China à venda de terras raras para os Estados Unidos", conclui o analista. A medida chinesa tem sido utilizada como instrumento de pressão comercial, destacando a importância estratégica desses recursos no cenário geopolítico atual.

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