Fed volta a subir juros dos EUA e taxa vai até a 5,5%, maior nível em 22 anos
Foi a 11ª alta em pouco menos de um ano e meio, e banco central norte-americano não descartou a possibilidade de novos aumentos
O Comitê de Política Monetária (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, voltou a subir os juros do país nesta quarta-feira (24).
O aumento, anunciado nesta tarde, é de 0,25 ponto percentual e leva os juros de referência norte-americanos para a faixa dos 5,25% a 5,5%. É o maior nível em 22 anos.
A alta acontece depois de o Fed ter optado por não mexer na taxa em sua última reunião, em junho, em meio aos sinais mistos de uma possível desaceleração na economia norte-americana.
Até então, porém, tinham sido 10 aumentos seguidos ao longo de quase um ano e meio, em meio à luta do banco central dos EUA em conter o avanço de uma inflação que, no ano passado, chegou a passar dos 9% e marcar as maiores variações em 40 anos.
Fed tem várias filiais em diferentes estados dos EUA, veja quais são:
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Sede do Banco Central dos Estados Unidos, presidido por Jerome Powell desde 2018 • Britt Leckman/Official Federal Reserve Photo
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Federal Reserve em Boston, presidido por Susan M. Collins desde julho de 2022 • Lynne Damianos/Damianos Photography/Fed
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Filial do Federal Reserve em Nova York, comandado por John C. Williams desde junho de 2018 • Brendan McDermid/Reuters
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Sede do banco central americano na Filadélfia, presidida por Patrick T. Harker desde julho de 2015 • Federal Reserve History/Fed
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Prédio do Fed em Cleveland, dirigido por Loretta J. Mester desde junho de 2014 • Federal Reserve History/Fed
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Federal Reserve de Richmond, presidido por Thomas I. Barkin desde janeiro de 2018 • Federal Reserve History/Fed
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Sede do Fed em Atlanta, dirigido por Raphael W. Bostic desde junho de 2017 • Divulgação/Federal Reserve of Atlanta
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Filial do Fed em Chicago, comandado por Austan D. Goolsbee desde janeiro de 2023 • Federal Reserve History/Fed
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Prédio do Fed de St. Louis, presidido por James Bullard desde abril de 2008 • Divulgação/Federal Reserve of St. Louis
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Filial do BC americano em Minneapolis, comandado por Neel Kashkari desde janeiro de 2016 • Divulgação/Federal Reserve of Minneapolis
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Fed de Kansas City, chefiado por Esther George desde outubro de 2011 • Divulgação/Federal Reserve of Kansas City
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Sede do Fed em Dallas, presidido por Lorie K. Logan desde agosto de 2022 • Federal Reserve History/Fed
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Federal Reserve de São Francisco, dirigido por Mary C. Daly desde outubro de 2018 • Federal Reserve History/Fed
Porta entreaberta para novas altas
A alta já era dada como certa por economistas de dentro e fora dos EUA. Havia, entretanto, grandes expectativas quanto aos sinais que o Fomc poderia dar em seu comunicado em relação a novos aumentos nos próximos meses.
Nesse sentido, a nota divulgada pelo comitê foi vaga, mas não descarta uma nova alta.
“O Comitê estará preparado para ajustar o ritmo da política monetária de maneira apropriada se emergirem riscos que possam impedir que o Comitê alcance o seu objetivo”, diz o texto.
A inflação do país, que vem dando sinais de desaceleração, foi de 3% em junho, dado mais recente divulgado. A meta de inflação de longo prazo dos EUA é de 2%, além de ser também sua obrigação perseguir o máximo emprego no país.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo moderado. A geração de empregos tem sido robusta nos últimos meses e a taxa de desempregado se mantem baixa. A inflação continua elevada”, avaliou o Fomc em seu comunicado.
Entre os fatores que deve considerar para decidir se deve aumentar os juros novamente, e em quanto, o Fed mencionou que irá continuar observando os efeitos das altas que já promoveu sobre a economia e os preços, e que acontecem com alguma defasagem.
“O Comitê vai continuar avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, diz o comunicado. “O Comitê está fortemente comprometido em recolocar a inflação nos 2% de seu objetivo.”