Avianca tem financiamento de US$ 2 bilhões aprovado pela Justiça dos EUA
A segunda maior companhia aérea da América Latina entrou com pedido de recuperação judicial em maio deste ano
A Avianca anunciou, nesta segunda-feira (05), que recebeu aprovação do Tribunal de Falências dos Estados Unidos do Distrito Sul de Nova York para acessar um financiamento de cerca de US$ 2 bilhões.
A segunda maior companhia aérea da América Latina entrou com pedido de recuperação judicial em maio deste ano.
“A aprovação do financiamento é um marco significativo e um passo importante para a Avianca. Nós gostaríamos de agradecer novamente aos nossos credores por seu apoio e confiança no sucesso futuro da Avianca”, declarou Adrian Neuhauser, diretor financeiro da Avianca.
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“Nós continuamos a trabalhar em nosso plano operacional de avanço, a fim de emergir deste processo como uma companhia aérea mais forte e eficiente.”
De acordo com o presidente e diretor executivo da companhia, Anko van der Werff, a Avianca espera retomar os voos para 21 cidades na Colômbia e 14 destinos internacionais assim que as restrições impostas pela Covid-19 chegarem ao fim.
“Estamos ansiosos para adicionar mais destinos para atender às necessidades de viagem de nossos clientes nos próximos meses”, afirmou Werff.
Crise financeira continua
Em agosto, o governo colombiano informou que concederia um empréstimo para a Avianca de até US$ 370 milhões, depois que a empresa aérea recorreu ao Capítulo 11 do processo de falência nos Estados Unidos.
“Com o objetivo de garantir o serviço, a conectividade aérea para os colombianos e a atividade econômica geral, o governo nacional participará do processo de reestruturação da Avianca”, disse o Ministério da Fazenda em nota.
Porém, mesmo com todos os problemas, tanto Werff quanto Neuhauser receberam bônus milionários da empresa.
Às vésperas de entrar com um pedido de recuperação judicial, e em meio ao afastamento não remunerado de parte de seus quadros de funcionários, a companhia aérea colombiana Avianca Holdings desembolsou US$ 6,5 milhões (R$ 36,4 milhões) em bônus para seus dois principais executivos.
O pagamento do extra foi feito em maio, apenas cinco dias antes de a companhia entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos pelas dificuldades financeiras causadas durante a pandemia. A falência do braço brasileiro da aérea foi decretada em julho no Brasil.
(supervisão de André Jankavski)
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