Justiça nega pedido de bloqueio de R$ 26,7 bilhões da mineradora Vale
No pedido de bloqueio, instituições argumentaram que houve danos socioeconômicos ao Estado e prejuízo superior a R$ 45 bilhões com rompimento da barragem
![Brumadinho: segundo o MP, o bloqueio seria necessário porque as ações civis públicas na Justiça estariam fragilizadas pela falta de garantias efetivas para as reparações Brumadinho: segundo o MP, o bloqueio seria necessário porque as ações civis públicas na Justiça estariam fragilizadas pela falta de garantias efetivas para as reparações](https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/13554_A8F318905D32F13C-9.jpg?w=1220&h=674&crop=1&quality=85)
![Brumadinho: segundo o MP, o bloqueio seria necessário porque as ações civis públicas na Justiça estariam fragilizadas pela falta de garantias efetivas para as reparações Brumadinho: segundo o MP, o bloqueio seria necessário porque as ações civis públicas na Justiça estariam fragilizadas pela falta de garantias efetivas para as reparações](https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/13554_A8F318905D32F13C-9.jpg?w=1920&h=1080&crop=1)
A 2ª Vara da Fazenda Estadual de Belo Horizonte negou nesta terça-feira (6) pedido de bloqueio de R$ 26,7 bilhões nas contas bancárias da mineradora Vale, segundo comunicado publicado no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A decisão foi tomada pelo juiz Elton Pupo Nogueira, em processo movido por órgãos como o Ministério Público.
No pedido de bloqueio, as instituições argumentaram que a mineradora causou danos socioeconômicos ao Estado e prejuízo superior a R$ 45 bilhões, por conta do rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho, em janeiro de 2019.
Leia também:
Vale negocia com a Tesla e setor de veículos elétricos fornecimento de níquel
Moody’s eleva rating da Vale com menção a melhorias em práticas sustentáveis
Segundo o MP, o bloqueio seria necessário porque as ações civis públicas na Justiça estariam fragilizadas pela falta de garantias efetivas para as reparações.
Contudo, na avaliação do juiz, desde o bloqueio de R$ 11 bilhões a empresa tem cooperado ativamente e “despendido esforços e recursos em dinheiro na reparação de todos os danos identificados no decorrer do processo judicial”.
“Cabe notar que a Vale já custeou novos meios de fornecimento de água para a cidade de Pará de Minas e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e, acertadamente, injetou cerca de um bilhão de reais na economia da região de Brumadinho mediante correto e acertado pagamento emergencial a mais de cem mil pessoas”, acrescentou o juiz.
As instituições alegaram que o valor de R$ 26,7 bilhões corresponde ao lucro líquido distribuído aos acionistas no ano de 2018 e esse montante poderia ter sido aplicado na segurança das barragens.
Para a mineradora, o novo pedido de bloqueio não tem fundamento jurídico, considerando que a empresa tem cumprido medidas reparatórias dos danos causados.
O magistrado ressaltou que existem valores em garantias líquidas à disposição da Justiça e que as pesquisas e perícias ordenadas por ele estão sendo custeadas pela Vale.
Pupo também determinou a transferência de R$ 992 mil para o Estado de Minas Gerais para o custeio de contratações temporárias realizadas em agosto deste ano, como consequência do desastre.
O valor será retirado do total bloqueado pela Justiça. A Vale havia se manifestado e concordado com a liberação dos recursos.
Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook