Tarifas de Trump: Governo Lula estuda alternativas para proteger empregos
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio vai ouvir setores mais afetados para recalibrar plano de contingência e minimizar impactos das medidas
O governo federal intensifica esforços para proteger trabalhadores e empresas brasileiras após a oficialização das tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos nacionais. As autoridades estimam que 35% das exportações brasileiras para os Estados Unidos ainda serão prejudicadas, mesmo após o recuo parcial nas medidas anunciadas.
Para enfrentar esse cenário, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio realizará uma nova rodada de consultas com os setores mais impactados. O objetivo é compreender com maior clareza os efeitos das decisões tarifárias e ajustar o plano de contingência que está sendo elaborado por quatro ministérios.
O governo planeja fazer anúncios pontuais de medidas a partir da próxima semana, adequando as ações de acordo com a conjuntura que se estabelece após as decisões norte-americanas. As autoridades brasileiras mantêm o compromisso de permanecer na mesa de negociação com representantes da Casa Branca, buscando soluções diplomáticas para o impasse.
Mauro Vieira retornou recentemente de uma viagem aos Estados Unidos, onde se reuniu com importantes autoridades norte-americanas, incluindo o secretário de Estado Marco Rubio. O encontro, que surpreendeu observadores políticos, deve trazer novos elementos para o plano de contingência em desenvolvimento.
As negociações seguem sendo conduzidas por uma equipe que inclui o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que está à frente do comitê interministerial responsável por coordenar as respostas às medidas tarifárias. O plano original apresentado está sendo atualizado para refletir as mudanças no cenário comercial entre os dois países.
