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Dólar cai a R$ 5,31 com temor de paralisação do governo dos EUA; bolsa sobe

No Brasil, investidores repercutiam falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente do BC, Gabriel Galípolo

Da CNN Brasil*
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O dólar fechou em baixa nesta segunda-feira (29) em relação às principais moedas após um rali na semana passada, na esteira de uma série de dados econômicos dos Estados Unidos mais fortes do que o esperado, e antes do relatório de emprego que pode oferecer mais pistas sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve.

O recuo da divisa norte-americana também ocorria em meio ao risco de uma paralisação do governo dos EUA, com o financiamento previsto para expirar à meia-noite de terça-feira (30).

O presidente Donald Trump convocará uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca nesta segunda, em uma última tentativa de acabar com o impasse.

Já o Ibovespa subiu, após ter renovado a máxima histórica intradia logo após a abertura, acompanhando o viés positivo de praças acionárias no exterior, com CSN entre as maiores altas, enquanto Braskem voltava a figurar entre os destaques negativos.

O dólar à vista encerrou o dia em baixa de 0,35%, aos R$ 5,3197 na venda.

Enquanto isso, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, registrou alta de 0,61%, a 146.336,8 pontos. Na máxima, marcou 147.558,22 pontos, novo recorde intradia.

Cenário doméstico

No Brasil, após iniciar a sessão próximo da estabilidade, o dólar se alinhou ao exterior e passou a recuar ante o real, com investidores atentos ainda à Conferência Itaú Macro Vision, em São Paulo.

No evento, Haddad afirmou que o governo não está fazendo ajuste fiscal vendendo patrimônio, acrescentando que continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026.

"A meta da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] [...] está sendo perseguida com todo o esforço", afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. "Para 2026 vai ser igual", acrescentou.

No mesmo evento, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, ponderou que a autarquia não pode se "emocionar" na decisão sobre juros, e defendeu a avaliação de diferentes dados econômicos para definir o patamar da Selic.

Na visão de analistas do BB Investimentos, a trajetória mais consistente de médio e longo prazos para o Ibovespa permanece de alta, amparada pelo momento de política monetária nos EUA, a partir do início do ciclo de corte de juros, conforme relatório enviado a clientes.

Eles também citaram que a reunião entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, esperada para ocorrer nesta semana, deixa investidores em compasso de espera. "No gráfico semanal, vemos a formação de uma figura de indefinição para a semana, mas ainda dentro de um canal primário de alta", acrescentaram.

*Com informações da Reuters

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