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Mercados futuros desabam após Trump elevar tarifas contra a China

Republicano anunciou novas taxas de 100%, subindo tarifas totais a 130% contra importados chineses

Gabriel Bosa, da CNN Brasil
Bandeiras da China e dos EUA
llustração com bandeiras dos EUA e da China  • REUTERS/Dado Ruvic
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Os mercados futuros operam em forte queda nesta sexta-feira (10), após Donald Trump anunciar novas tarifas de 100% contra produtos da China importados pelos Estados Unidos.

Por volta das 18h30, os índices futuros da S&P perdiam mais de 3,3%, enquanto Dow Jones caia 2,4%. A Nasdaq, bolsa em Wall Street que concentra as ações de tecnologia, tinha o pior desempenho, despencando mais de 4,3%.

Os Estados Unidos da América aplicarão uma tarifa adicional de 100% sobre as importações da China e imporão controles de exportação sobre todos os softwares essenciais fabricados nos EUA a partir de 1º de novembro, disse o presidente Donald Trump na sexta-feira (10).

A decisão eleva as tarifas totais dos EUA contra a China em 130%.

Em uma publicação no Truth Social, Trump disse: "A partir de 1º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo de quaisquer ações ou mudanças futuras tomadas pela China), os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% à China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente."

Temores de uma nova guerra comercial entre China e EUA geram uma onda de pessimismo global após Trump ameaçar um "aumento maciço" das tarifas sobre as importações do gigante asiático.

Mais cedo, o republicano disse que não há motivo para se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, em duas semanas na Coreia do Sul, conforme estava planejado.

Trump disse, em publicação na plataforma Truth Social, que a China tem enviado cartas a países do mundo todo dizendo que planeja impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados às terras raras.

"Os comentários do presidente não são, obviamente, úteis para o mercado", disse Steve Sosnick, analista-chefe de mercado da Interactive Brokers.

"Finalmente superamos o pior das preocupações com as tarifas e agora nos deparamos novamente com outra rodada delas, e o tom de seus comentários foi certamente bastante agressivo."

*Com informações da Reuters

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