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Petróleo fecha em queda com aversão ao risco generalizada

Investidores também continuaram a ponderar decisão da Opep+ de manter os níveis de produção no início de 2026

Estadão Conteúdo
Petróleo Brent para janeiro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange de Londres), recuou 0,69% (US$ 0,45), a US$ 64,44 o barril  • 11/06/2025REUTERS/Eli Hartman
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Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (4) em dia de aversão generalizada ao risco que prejudica o mercado de ações e as commodities.

Investidores também continuaram a ponderar a recente decisão da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) de manter os níveis de produção no início de 2026, depois de anunciar um novo aumento em dezembro.

O petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex (New York Mercantile Exchange), fechou em queda de 0,80% (US$ 0,49), a US$ 60,56 o barril.o Brent para janeiro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange de Londres), recuou 0,69% (US$ 0,45), a US$ 64,44 o barril.

Um aumento nos temores de que o nível elevado de valorização dos mercados possa gerar uma correção nos próximos dois anos prejudicou o sentimento de risco global nesta terça, com reflexos sobre os preços do petróleo.

Os CEOs da Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley alertam que investidores devem se preparar para uma queda de até 15% no mercado acionário americano nos próximos 12 a 24 meses.

Paralelamente, a pausa da Opep+ pode ser prolongada ao longo de 2026 devido ao aumento significativo dos estoques nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), afirmam os analistas do Goldman.

A organização informou no domingo que ampliará sua oferta em mais 137 mil bpd (barris por dia) em dezembro, mas manterá a produção inalterada durante o primeiro trimestre de 2026.

Com os aumentos contínuos na oferta do cartel, dos EUA, Canadá e Guiana este ano, o mercado terá que lidar com um desequilíbrio significativo de excedente de 4 milhões de bpd em 2026, alerta o Société Générale.

As compras da China de quase 500 mil bpd não compensarão a pressão descendente sobre os preços do petróleo, acrescenta o banco.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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