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    Ministro terá que explicar ao Senado mudança em regra trabalhista

    Comissão de Assuntos Econômicos aprovou requerimento para convocar Luiz Marinho

    Luiz Marinho, ministro do Trabalho
    Luiz Marinho, ministro do Trabalho Reprodução/ YouTube

    Daniel Trevorda CNN

    em Brasília

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    A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira (21) a convocação do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para explicar a revogação de uma portaria – editada durante o governo Bolsonaro – que facilitava o trabalho durante feriados.

    O autor do requerimento aprovado é o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). Segundo o parlamentar, a decisão do ministério foi tomada sem a participação das empresas.

    “A nossa principal preocupação, além dos transtornos que causa, foi a decisão sem consultar quem emprega. Final do ano, como todos nós sabemos, milhões de empregos são criados e esses empregos estão em risco em função dessas mudanças” afirmou.

    As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União no dia 14 de novembro. A decisão fortalece os sindicatos e impacta vários setores, em especial, comércios como lojas, supermercados e farmácias.

    A partir de agora, funcionários só podem trabalhar nos feriados se houver previsão em convenção coletiva da categoria.

    Até então, a permissão era permanente. Bastava um acordo direto para o empregador comunicar o empregado sobre o dia de expediente, desde que respeitada a jornada prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

    O presidente da CNTC e da Fecomerciários – SP, Luiz Carlos Motta, comemorou a mudança.

    “A portaria publicada pelo MTE evidência a importância da negociação entre representantes patronais e sindicatos para que sejam respeitados os direitos dos comerciários de todo o Brasil. Essa é uma vitória expressiva”, destacou.

    Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), disse estar preocupada porque a portaria pode gerar um clima de insegurança jurídica, impactando negativamente nas futuras negociações, prejudicando trabalhadores, empresas e a sociedade civil.

    “Nesse momento em que o país necessita urgentemente de retomar a pujança na sua economia, medida desse porte poderá comprometer o pleno exercício das atividades econômicas, com prejuízo para todos”, diz o posicionamento da entidade.

    Veja também: Governo altera regras sobre trabalho em feriados

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