Conselho de Administração da Americanas elege Leonardo Coelho Pereira como novo diretor-presidente
João Guerra, que estava no cargo interinamente, deve voltar a atuar como diretor de recursos humanos da companhia
![Varejista pediu recuperação judicial no mês passado Varejista pediu recuperação judicial no mês passado](https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/02/americanas_2.jpg?w=1024&h=674&crop=1&quality=85)
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A Americanas anunciou, nesta quarta-feira (15), que seu conselho de administração aprovou a eleição de Leonardo Coelho Pereira para exercer o cargo de diretor–
presidente da empresa.
“O Sr. Leonardo Coelho Pereira é um executivo com sólidas e bem–sucedidas experiências em empresas do setor de varejo, assim como em ambiente de consultoria de reestruturação, tendo exercido posições de liderança em empresas dominantes em seus segmentos”, diz o comunicado divulgado.
Segundo a Americanas, o executivo atuou como sócio na Alvarez & Marsal desde 2011, na área de Reestruturação, com passagens relevantes em vários segmentos econômicos, como varejo, sportainment, agro, Oil&Gas, construção e energia.
Antes disso, atuou por mais de 10 anos em posições C–Level (CEO e CFO) em multinacionais, tanto no Brasil como na Alemanha, Itália, Chile, Argentina e Uruguai.
Com a eleição, João Guerra, que estava no cargo interinamente, deve voltar a atuar como Diretor de Recursos Humanos (não estatutário) da companhia.
No mesmo comunicado, a empresa informou que o conselho também aprovou a eleição de Antonio Luiz Pizarro Manso, para o cargo de membro do Comitê Independente, em substituição à Vanessa Claro Lopes.
“Antonio Luiz Pizarro Manso é formado em Engenharia Mecânica pela PUC–Rio e pós–graduado em pelo IBMEC no curso MBA Executivo em Finanças. Com extensa carreira profissional, foi executivo em diversas empresas nacionais e estrangeiras”.
O comitê independente encarregado de apurar as inconsistências contábeis da Americanas não tem prazo para apresentar um relatório, disse na quarta-feira (1º) o advogado Otávio Yazbek.
“É um caso super complexo, que é tornado mais complexo de ambiente de litigiosidade que existe”, disse Yazbek a jornalistas após participar de painel durante evento anual do Credit Suisse com investidores.
Aumento da dívida
A Americanas divulgou no final de semana uma atualização de sua lista de credores, na qual elevou o valor de sua dívida de R$ 41,2 bilhões para R$ 42,5 bilhões.
A varejista também revisou o número total de credores, que saiu de cerca de 7.720, sem contabilizar os extraconcursais, para ao redor de 9.460. A varejista pediu recuperação judicial no mês passado, após a revelação de inconsistências contábeis de cerca de R$ 20 bilhões.
Compromisso com sindicatos
A varejista se comprometeu a não realizar nenhuma grande demissão até a apresentação do plano de recuperação judicial em 20 de março, informou o Ministério Público do Trabalho na terça-feira (14).
De acordo com o MPT, a empresa concordou com o acordo em reunião feita na sexta-feira (10). Todas as rescisões contratuais serão submetidas à homologação nos sindicatos, proposta que havia sido pedida pelas entidades.
À CNN, a Americanas confirmou o compromisso e disse que não iniciou nenhum processo de demissão em massa de funcionários e segue com o curso normal de suas operações.