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    PIB da Alemanha encolhe menos que o esperado no 3º trimestre

    Poder de compra, indústria fraca e taxas de juros estão entre impulsionadores da baixa

    Commerzbank espera que a economia alemã se contraia novamente ao longo do segundo semestre
    Commerzbank espera que a economia alemã se contraia novamente ao longo do segundo semestre REUTERS/Arnd Wiegmann

    Por Maria Martinez, da Reuters

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    A economia da Alemanha encolheu ligeiramente no terceiro trimestre, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30).

    Entre os impulsionadores da baixa estão o fraco poder de compra e as taxas de juros mais altas que seguem afetando a maior economia da Europa.

    O Produto Interno Bruto (PIB) alemão caiu 0,1% em termos ajustados em relação ao trimestre anterior, informou o escritório federal de estatísticas.

    Uma pesquisa da Reuters previa que a economia encolheria 0,3%.

    O próprio banco central do país esperava um encolhimento na economia, puxado principalmente pelo setor industrial em recessão e o consumo privado em baixa.

    “Esses dados, por si só, sublinham que a economia alemã se tornou, no mínimo, uma das retardatárias do crescimento da zona do euro“, disse Carsten Brzeski, chefe global macro do ING.

    Olhando para o futuro, o contínuo repasse do aperto da política monetária do Banco Central Europeu, a falta de reversão no ciclo de estoques empresariais e novas incertezas geopolíticas continuarão a pesar sobre a economia alemã, disse Brzeski.

    “A economia alemã parece destinada a permanecer na zona de penumbra entre uma pequena contração e a estagnação, não apenas neste ano, mas também no próximo”, disse Brzeski.

    A contração no terceiro trimestre não é vista como uma exceção, já que o Commerzbank espera que a economia alemã se contraia novamente ao longo do próximo semestre.

    “É improvável que o consumo se recupere como os otimistas esperavam”, disse o economista-chefe do Commerzbank, Joerg Kraemer.

    O consumo das famílias caiu no terceiro trimestre, uma vez que a inflação elevada continuou a corroer o poder de compra dos consumidores.

    A inflação mais alta do que a expectativa é vista como um dos principais riscos pelos banqueiros centrais, pois poderia estender a campanha de aperto monetário, mantendo as taxas de juros mais altas por mais tempo.

    Veja também: UE vê acordo com Mercosul como prioridade

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