
Saiba tudo sobre a França, próxima adversária do Brasil na Copa do Mundo Feminina
Seleção Brasileira garante classificação em caso de vitória contra as francesas


Neste sábado, às 7h (horário de Brasília), a Seleção Brasileira enfrenta a França em jogo que vale a liderança do grupo F da Copa do Mundo Feminina. O duelo é um dos mais esperados da primeira fase, e reedita as oitavas de final do Mundial de 2019, quando as francesas eliminaram o Brasil jogando em casa.
A Seleção Brasileira começou bem a caminhada no torneio ao golear o Panamá por 4 a 0. Já o time francês decepcionou no empate sem gols contra a Jamaica.
Por isso, em caso de vitória, as brasileiras garantem classificação para a próxima fase e ainda complicam a vida da França, que chegou ao torneio com status de uma das favoritas ao título.
Resultados no ciclo da Copa
A França, atualmente, é uma das principais seleções da Europa, com suas jogadoras sendo destaque nos principais times do mundo. No ciclo da Copa, de 2020 a 2023, as francesas não conquistaram títulos, mas tiveram resultados expressivos nos torneios disputados.
Na Eurocopa realizada na Inglaterra, em 2022, a França chegou invicta à semifinal, mas acabou perdendo para a Alemanha por 2 a 1.
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Seleção Brasileira posa para a foto oficial antes da estreia na Copa do Mundo Feminina • Brendon Thorne - FIFA/FIFA via Getty Images
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Seleção do Panamá posa para a foto antes de sua estreia no Mundial • Chris Hyde - FIFA/FIFA via Getty Images
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Torcedores de Brasil e Panamá fazem festa na arquibancada do Hindmarsh Stadium, em Adelaide, na Austrália • Chris Hyde - FIFA/FIFA via Getty Images
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A técnica da Seleção Brasileira, Pia Sundhage, celebra o primeiro gol da equipe sobre as panamenhas, marcado por Ary Borges • Sarah Reed/Getty Images
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A atacante Geyse usou tranças coloridas para a estreia do Brasil na Copa do Mundo Feminina, contra o Panamá • Chris Hyde - FIFA/FIFA via Getty Images)
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Jogadoras do Brasil comemoram o terceiro gol da equipe, de Bia Zaneratto, no início do segundo tempo • Chris Hyde - FIFA/FIFA via Getty Images)
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Ary Borges comemora seu terceiro gol na vitória por 4 a 0 sobre as panamenhas. Meia é a artilheira do torneio até aqui • Sarah Reed/Getty Images
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Ary Borges deixa o campo para a entrada de Marta, a maior artilheira da história das Copas do Mundo • Sarah Reed/Getty Images
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Marta protege a bola da marcadora na primeira partida do Brasil na Copa. Camisa 10 entrou no fim da segunda etapa • Chris Hyde - FIFA/FIFA via Getty Images
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Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, as “Le Bleus” passearam. Foram dez vitórias em dez jogos, com 54 gols marcados e apenas quatro sofridos.
Em todo o período preparatório, a França entrou em campo 40 vezes. Venceu 31 partidas, empatou quatro e perdeu em cinco oportunidades. Um aproveitamento espetacular de 80%.
Dentro de campo, tudo correu muito bem, mas, fora dele, brigas e escândalos internos minaram o elenco francês. O péssimo ambiente causou uma troca de comando às vésperas do Mundial, o que afetou a preparação das favoritas.

Crise nos bastidores
Tudo começou com os desentendimentos entre a técnica Corinne Diacre, contratada em 2017, e a zagueira Wendie Renard, capitã e multicampeã no futebol francês.
O clima entre as duas era tão ruim que, em sua biografia lançada em 2019, Renard afirmou que Diacre teria dito que ela não tinha 40% do preparo necessário para ser capitã do time. A líder da seleção ficou quatro anos sem usar a braçadeira de capitã, posto que voltou a ocupar em 2021. Mesmo assim, o clima continuou tenso.

Em 2022, os atritos ganharam um novo capítulo, agora com Amandine Henry, uma das principais atletas francesas. A jogadora não foi convocada para uma rodada das Eliminatórias para a Eurocopa e sua empresária acabou criticando Corinne Diacre. O novo atrito não foi bem aceito nos bastidores.
A série de desentendimentos entre a treinadora e as principais estrelas da França chegou ao estopim em fevereiro deste ano. Wendie Renard foi a público anunciar que não concordava com o “sistema atual” e que não jogaria a Copa do Mundo.
https://twitter.com/WRenard/status/1629104287774134272?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1629104287774134272%7Ctwgr%5E5bf043c7ed0f2a9e2415ce444c8442511d6607dc%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.terra.com.br%2Fesportes%2Ffutebol%2Fcopa-feminina-2023%2Fboicote-de-capita-denuncia-e-demissao-de-tecnica-entenda-a-crise-na-selecao-da-francac6f3083b931153eb16b9570ebda90d45o8p3ozli.html
Amo a França mais que tudo, não sou perfeita, longe disso, mas não posso mais apoiar o sistema atual, que está longe dos requisitos dos mais altos níveis. É um dia triste, mas necessário para preservar minha saúde mental. É com o coração pesado que venho informar minha decisão de deixar a Seleção Francesa
Wendie Renard
Após o anúncio da capitã, Diani e Katoto, titulares do time francês, também anunciaram a aposentadoria precoce, cobrando mudanças no modelo de gestão da Federação Francesa de Futebol.
Com o clima ruim, as trocas foram inevitáveis. A federação anunciou a demissão de Corinne Diacre, que tinha contrato até 2024, com o objetivo de contornar a situação faltando cinco meses para a disputa da Copa do Mundo Feminina.
Apesar da demissão, a Federação Francesa alertou as jogadoras, dizendo que a forma que elas estavam usando para se expressar, de maneira pública, não seriam aceitas no futuro.
Algumas semanas depois, Hervé Renard (que não tem parentesco com a zagueira) foi anunciado como novo técnico da França. Ele treinou a Arábia Saudita na última Copa do Mundo Masculina, no Catar — é o primeiro trabalho dele no futebol feminino.
As jogadoras que haviam anunciado a aposentadoria da Seleção acabaram retornando.

Estreia decepcionante
A França iniciou a trajetória na Copa do Mundo contra a Jamaica. Quem achou que as francesas teriam vida fácil, acabou se enganando. As “Reggae Girlz” se defenderam bem e seguraram a pressão adversária. As “Le Bleus” tiveram 14 finalizações, 12 escanteios, 62% de posse de bola, mas não conseguiram furar a retranca jamaicana.

Lesões
A Seleção Francesa vem sofrendo com atletas lesionadas nos últimos meses. Grandes nomes se machucaram antes do Mundial, como Marie-Antoinette Katoto, atacante parada há mais de um ano, Delphine Cascarino, Griedge MBock e Amandine Henry.
Selma Bacha e Elisa de Almeida estão na Copa do Mundo, mas longe das condições ideais. As duas começaram no banco de reservas no empate sem gols contra a Jamaica.
Para completar a maré de azar, a capitã Wendie Renard sentiu a panturrilha no primeiro jogo e, segundo o jornal “L’Equipe”, pode ficar de fora da primeira fase do Mundial.

Jogo decisivo
Para a França, o jogo contra o Brasil já é uma decisão antecipada. As francesas não podem nem pensar em perder para as brasileiras. Em caso de derrota, se complicam no grupo F da competição.
A Seleção Brasileira entra com moral após a goleada contra o Panamá. Se vencer, garante a classificação para as oitavas de final e praticamente assegura a liderança da chave.
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A maranhense Camila tem 22 anos e vai jogar uma Copa do Mundo pela primeira vez. A goleira defende o Santos e a primeira convocação na carreira foi em abril deste ano. Começou a carreira no Sampaio Corrêa e teve passagens por Viana-MA, Chapecoense, Internacional, Iranduba-AM. • Chris Hyde / Getty Images
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Letícia Izidoro deixou a casa dos pais para ser jogadora de futebol. Queria ser atacante, mas se tornou uma das melhores goleiras do Brasil. Começou na Seleção Brasileira Sub-17, vai para a terceira Copa do Mundo como profissional e pela primeira vez como titular. Aos 28 anos, defende o Corinthians. • Chris Hyde / Getty Images
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A pernambucana Bárbara tem 35 anos e defende o Flamengo. É a goleira com mais Copas do Mundo pela Seleção Feminina: já disputou o Mundial quatro vezes na carreira. • Chris Hyde / Getty Images
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Lateral-direita, Antonia é o combustível do grupo. Nasceu no Rio Grande do Norte, tem 29 anos e vai disputar uma Copa do Mundo pela primeira vez. A jogadora já defendeu a Ponte-Preta, Audax, Madrid CFF e atualmente está no Levante (ESP) • Chris Hyde / Getty Images
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Bruninha: Aos 21 anos, a lateral-direita Bruninha disputará a primeira Copa do Mundo Feminina após uma trajetória de conquistas na base. Ela é do Paraná e já jogou pela Chapecoense, pelo Santos, Internacional e atualmente defende o NJ/NY Gotham FC (EUA). • Chris Hyde / Getty Images
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Aos 27 anos, Kathellen vai disputar a segunda Copa do Mundo da carreira. A zagueira é de São Paulo, começou a carreira no Monroe Mustangs (EUA), já defendeu a Inter de Milão e atualmente defende o Real Madrid. • Chris Hyde / Getty Images
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Aos 20 anos, Lauren vai disputar a primeira Copa do Mundo da carreira. A zagueira é cria da base do São Paulo e hoje está no Madrid CFF. A jogadora é de São Paulo e é a jogadora mais jovem convocada pela técnica Pia Sundhage • Chris Hyde / Getty Images
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Aos 36 anos, Mônica vai para a terceira Copa do Mundo da carreira. A zagueira tem 36 anos, é de Porto Alegre, já passou pelo Internacional, Ferroviária, Flamengo, Orlando Pride, Atlético de Madrid e hoje está no Corinthians. Foi a primeira brasileira a atuar pelo Orlando Pride. • Chris Hyde / Getty Images
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Aos 32 anos, Rafaelle Souza vai disputar a segunda Copa do Mundo da carreira. A zagueira é de Cipó (Bahia) e chegou a ser convocada para o Mundial de 2019, na França, mas não jogou por conta de uma lesão. Já defendeu o Arsenal e atualmente está no Orlando Pride (EUA). • Chris Hyde / Getty Images
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Nascida em Maragogi, Alagoas, e com 25 anos, Geyse defende o Barcelona. Com a equipe, foi campeã da Liga dos Campeões neste ano e ela quer mais, e é a Copa do Mundo Feminina. • Chris Hyde / Getty Images
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Na última convocação antes da lista final para a Copa do Mundo, Andressa Alves reconquistou seu lugar na equipe após um gol nos acréscimos na Finalíssima. Agora, a número 7 do Brasil vai defender o país pela terceira vez em uma Copa do Mundo. A meia-atacante é de São Paulo, tem 30 anos e é jogadora da Roma desde 2019. • Chris Hyde / Getty Images
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Ary Borges: Aos 10 anos, deixou a capital São Luís (MA), onde nasceu e cresceu sob os cuidados da avó, para ir morar com os pais em São Paulo. O futebol foi fundamental para a construção da relação entre pais e filha. Ela tem 23 anos, já jogou no Palmeiras e no São Paulo e atualmente defende o Racing Louisville FC. Está vai ser a primeira Copa do Mundo da meia. • Chris Hyde / Getty Images
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Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, a mato-grossense Ana Vitória é meia-atacante e tem 23 anos de idade. Atualmente defende o Benfica e é a jogadora brasileira com mais títulos e jogos pelo clube português. • Chris Hyde / Getty Images
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Após ficar fora de duas Copas do Mundo e uma Olimpíada por conta de lesões no joelho, Adriana vai disputar o Mundial pela primeira vez. A meia-atacante tem 26 anos, defende o Orlando Pride (EUA) e vai ser a primeira piauiense a jogar uma Copa do Mundo.
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Desde novinha, Luana já sabia que seria jogadora de futebol. Com apoio do pai, batalhou para realizar o sonho da família. Aos 30 anos, vai disputar a segunda Copa do Mundo da carreira. A meia-atacante é de São Paulo, já jogou no PSG e atualmente defende o Corinthians. • Chris Hyde / Getty Images
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Em 2019, Kerolin testou positivo no exame anti-doping poucos meses antes da Copa do Mundo. O que parecia um sonho próximo: defender a Seleção em um Mundial, virou um pesadelo. Mas ela deu a volta por cima e, hoje, é uma das principais referências do país no meio de campo. A meia tem 24 anos e defende o North Carolina Courage (EUA) • Chris Hyde / Getty Images
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Duda Sampaio nasceu em Jequeti, interior de Minas Gerais, e cresceu jogando bola na zona rural com o irmão. Não pensava em ser atleta profissional, mas aos 22 anos vai disputar a primeira Copa do Mundo da carreira. Atualmente, a meia atacante defende o Corinthians. • Chris Hyde / Getty Images
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Tamires, que disputará a terceira Copa do Mundo da carreira, é uma das líderes da equipe. A zagueira do Corinthians tem 35 anos, é de Minas Gerais e já defendeu Santos e Atlético-MG, além de ser bicampeã da Libertadores pelo Timão. • Chris Hyde / Getty Images
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Esta será a quarta Copa do Mundo da Imperatriz, Bia Zaneratto. A atacante tem 29 anos, é de São Paulo, jogadora do Palmeiras e tem passagens pela Ferroviária, pelo Santos e Wuhan Jianghan, da China. • Chris Hyde / Getty Images
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Uma das principais referências da Era Pia, Debinha é a artilheira no comando da treinadora e peça fundamental no ataque da Canarinho. A atacante defende o Kansas City, tem 31 anos é de Brazópolis, Minas Gerais, e vai disputar a Copa do Mundo pela segunda vez na carreira. • Chris Hyde / Getty Images
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Foram três lesões graves no joelho e quase três anos afastada dos gramados, mas Gabi Nunes deu a volta por cima e vai disputar a Copa do Mundo pela primeira vez. A atacante tem 26 anos, é de São Paulo, já defendeu o Corinthians e atualmente está sem clube após deixar o Madrid CFF. • Chris Hyde / Getty Images
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Seis títulos de Melhor Jogadora do Mundo: nossa rainha Marta. Infelizmente, esta vai ser a última Copa do Mundo da maior artilheira da história das Copas. No total, são seis participações. A alagoana defende o Orlando Pride e tem 37 anos. • Chris Hyde / Getty Images
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Há um ano, Angelina sofreu uma lesão do ligamento cruzado anterior. Foram 10 meses de recuperação até a volta aos gramados. Após muitas incertezas, a atacante do OL Reign (EUA) de 23 anos foi convocada como suplente da Seleção Brasileira no mundial. No entanto, a atacante Nycole foi cortada por lesão, e Angelina foi convocada no lugar. • Chris Hyde / Getty Images