Acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza progride, dizem fontes à CNN
Conversas indiretas entre Israel e Hamas em Doha entram no terceiro dia, com possibilidade de acordo nos próximos dias, apesar de desafios
Fontes do governo israelense relataram à CNN que as negociações indiretas com o Hamas em Doha, no Catar, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza estão progredindo.
Apesar das dificuldades, há uma possibilidade real de um acordo ser alcançado e implementado nos próximos dias.
As negociações, que já estão no terceiro dia, não envolvem contato direto entre as partes, mas são mediadas por representantes do governo do Catar.
O possível acordo de cessar-fogo foi tema de discussão durante a visita de Benjamin Netanyahu à Casa Branca, sua terceira desde que Donald Trump assumiu o segundo mandato como presidente dos Estados Unidos.
Pressão internacional e desafios internos
Trump tem exercido considerável pressão sobre o governo israelense para aceitar o acordo de cessar-fogo. No entanto, os detalhes do acordo ainda são pontos de discórdia entre o Hamas e as Forças de Defesa de Israel.
O Hamas exige o fim total da guerra e a retirada dos soldados israelenses de praticamente todo o território palestino da Faixa de Gaza, demandas com as quais Israel não concorda.
Por outro lado, Israel propõe um cessar-fogo de 60 dias e exige a libertação de pelo menos metade dos aproximadamente 58 reféns ainda em poder do Hamas, além da devolução dos corpos daqueles que já faleceram.
Ajuda humanitária e libertação de prisioneiros
Ambas as partes parecem concordar com o aumento significativo da entrada de ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza.
No entanto, há divergências sobre como essa ajuda seria administrada. O Hamas prefere que a distribuição seja feita por órgãos da ONU, como a agência de refugiados palestinos, enquanto Israel insiste que a ajuda seja gerenciada por uma fundação humanitária criada por Israel com apoio dos Estados Unidos.
Israel também se mostra disposto a libertar centenas de prisioneiros palestinos que estão em suas prisões como parte do acordo.
Contudo, a ultradireita israelense representa um obstáculo interno, opondo-se a qualquer tipo de acordo com o Hamas e defendendo a anexação completa de Gaza, bem como a remoção dos palestinos da região.


