Americanos são contra guerra na Venezuela, diz professor

Leonardo Trevisan afirma que mais de 80% dos cidadãos dos EUA são contra intervenção militar, mas não descarta possibilidade de ataques aéreos ou marítimos

Da CNN Brasil
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Em entrevista ao CNN Prime Time deste domingo (7), o professor de relações internacionais, Leonardo Trevisan, avaliou que a resistência do eleitorado americano reduz significativamente as chances de uma ofensiva terrestre na Venezuela, embora não descarte completamente a possibilidade de ações militares por ar ou pelo mar.

Segundo Trevisan, pesquisas de opinião pública representam o maior obstáculo para uma possível intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela.

"Mais de 80% dos americanos em geral são contra uma nova guerra, sequer sabem qualquer coisa sobre Venezuela", afirmou o especialista, citando levantamento do instituto Gov, que ele caracterizou como "muito respeitado".

 

O professor destacou ainda que esse sentimento contrário à guerra não se limita apenas a um grupo político específico.

"Nas bases trumpistas, uma pesquisa da Atlas Intel mostrou que o número é o mesmo. Mesmo aqueles que são aguerridos, votam Trump, tem bandeira na porta, a tudo isso, não aceitaria uma nova incursão terrestre", explicou.

Possibilidade de ataques não terrestres

Apesar da resistência popular a uma intervenção terrestre, Trevisan alertou que isso não significa que os Estados Unidos estejam completamente impedidos de realizar algum tipo de ação militar contra a Venezuela.

"Errado. Podem atacar, sim. Por ar tem muita potência para isso. Por mar tem muita potência para isso", advertiu.

Segundo o professor, além do freio interno representado pela opinião pública, existe também um freio logístico para operações terrestres.

"A ação terrestre que efetivamente define as coisas é mais difícil", concluiu Trevisan, sugerindo que, embora improvável uma invasão por terra, outras modalidades de ataque militar permanecem como possibilidades reais.

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